Bispo do Algarve quer que Igreja algarvia acolha apelo final do Papa como estímulo

D. Manuel Quintas considerou que “não devemos admirar-nos que no fim da Visita ad Limina, a partir da análise o mais realista possível que cada Bispo fez da sua diocese, o discurso do Papa apresente propostas concretas e objectivas sobre o percurso que, como Igreja em Portugal, devemos percorrer”. “Aliás é, precisamente, isso que se espera de um tempo de peregrinação e revisão de vida pessoal e pastoral”, que caracteriza a Visita ad Limina. “O contrário é que seria de estranhar. Seria como fazer ‘um retiro’, um balanço pessoal ou diocesano entre o que se é e se é chamado a ser, e não apontar objectivos e caminhos para os conseguir”, frisou D. Manuel Quintas. “Constituem indicações muito oportunas”, considera o Bispo diocesano, procurando interpretar os apelos de Bento XVI à luz da realidade algarvia. “Vejo nos apelos do Papa a confirmação do percurso que D. Manuel Madureira imprimiu à nossa diocese e que temos vindo a incrementar. A pastoral tem que se apoiar sempre mais na comunidade cristã. É nela que se torna urgente suscitar e alimentar uma tomada de consciência mais viva sobre a responsabilidade que todos – leigos, sacerdotes e consagrados – têm na comunhão e na missão da Igreja. A comunidade vive a mesma vocação (à santidade), edifica-se pela celebração dos sacramentos, exprime-se na multiplicidade dos ministérios, participa da mesma missão da Igreja: anunciar o Evangelho de Jesus Cristo”, afirmou. Prosseguiu, D. Manuel Quintas, “uma das expressões da eclesiologia de comunhão é o binómio comunidade-ministérios. Uma comunidade edificada na unidade do Espírito e na pluralidade de dons e serviços, que o mesmo Espírito suscita para bem não só da comunidade eclesial, mas de toda a comunidade humana. Para isto é fundamental proporcionar aos leigos os meios necessários para adquirirem uma fé mais sólida, maior clarividência da sua vocação e, evidentemente, uma maior corresponsabilização na vivência da sua missão própria na Igreja e no mundo”. Concluiu o Bispo diocesano, “gostaria que os cristãos algarvios acolhessem as palavras de Bento XVI com um estímulo a caminharmos, mesmo no meio das dificuldades, para sermos uma Igreja mais viva e mais fraterna, o que equivale a dizer mais eucarística, mais ministerial e mais missionária, como temos referido noutras ocasiões. Certamente que, com os Párocos e cristãos algarvios, teremos oportunidade de aprofundar e integrar na nossa pastoral diocesana, as propostas que o Santo Padre indicou à Igreja em Portugal”.

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