Bispo de Setúbal ordena dois diáconos em Dia da Diocese

D. Gilberto Canavarro Reis, Bispo de Setúbal, ordenou no passado dia 8, na Sé local, doisdiáconos a caminho do presbiterado: Marco André Paleta Belchior, para o serviço da Diocese, e Zeferino Baptista Sakapepa, do Instituto dos Filhos da Caridade.

Escutada a Palavra de Deus, foram apresentados ao Bispo os dois candidatos à ordem do diaconado. Certificado de que eles haviam sido considerados pelos seus formadores e pelas comunidades donde provêm dignos de receber o sacramento, D. Gilberto aceitou-os tendo a assembleia dado graças a Deus.

Depois, o Bispo fez a homilia. Lembrou que todos somos chamados a ser filhos de Deus, santos e imaculados na caridade, em Cristo. Ninguém consegue, porém, esta condição sem ser salvo do pecado por Jesus. Este foi enviado pelo Pai que escolheu e convidou Maria, a quem encheu de graça, para ser a Mãe do Redentor. Maria é o primeiro fruto da redenção e é também modelo do homem novo, capaz de escutar Deus e de Lhe dar o seu sim.

O homem não se pode salvar a si mesmo. “A ciência, a técnica, a política, a ecologia e a economia são importantes e queridas por Deus mas são incapazes de abrir o homem à plena obediência a Deus. Só Deus é capaz de colocar no homem um coração de filho que O escute e Lhe obedeça de forma plena e organize a criação segundo o projecto de Deus.” “A crise que vivemos é antes de mais crise moral. A destruição do meio ambiente, a fome, a pobreza sobretudo de longa duração, a guerra, os maus tratos… são causados por muitos factores mas por detrás deles está o egoísmo, o lucro fácil, o desprezo do outro que, por sua vez, derivam do pecado da recusa de Deus: recusa de aceitar o Seu amor e de organizar a vida segundo a Sua palavra.”

“O homem precisa dum coração de filho de Deus capaz de ver o mal e de colaborar para que as coisas se organizem na justiça de Deus. Onde está este coração, o mundo e igreja começam a mudar!”

Tal como pediu a Maria a colaboração para realizar a obra de salvação, assim Deus pede hoje a colaboração da Igreja, e concretamente, dos dois jovens chamados ao sacerdócio ministerial, para o qual dão hoje o passo do diaconado. Em ano sacerdotal, recordamos o dom excelente do sacerdócio ministerial, pelo qual somos reino de sacerdotes, povo de filhos de Deus.

Depois, convidou toda a assembleia a louvar a Deus pelo seu plano de salvação do qual fazemos parte, com Maria, pelos que iam ser ordenados diáconos, por todos os padres da diocese ordenados noutros anos neste mesmo dia e também pelos 25 anos da primeira ordenação de diáconos permanentes em Portugal, que foi em Setúbal.

“Que Nossa Senhora, cuja Imaculada Conceição e santidade plena celebramos, nos ajude a reconhecer Jesus aqui presente, a abrir-Lhe o coração com um sim generoso e grande e a receber Jesus na Pão consagrado com a fé e o amor com que Ela o recebeu no seu seio virginal” – concluiu.

Após a homilia, foi cantada a ladainha dos santos – uma forma de oração universal – em que se pede a intercessão dos santos em favor daqueles que vão ser ordenados. Seguiu-se a ordenação que consiste na imposição das mãos pelo Bispo (gesto que vem dos tempo dos Apóstolos para significar a comunicação do Espírito Santo e do ministério que lhes foi confiado por Jesus) e por uma oração feita também pelo Bispo que traduz em palavras o significado do gesto da imposição das mãos.

Seguiram-se os ritos explicativos: a imposição das vestes litúrgicas próprias do diácono (estola a triracolo e dalmática) e a entrega do Evangeliário com as palavras: “Recebe o Evangelho de Cristo que tens a missão de proclamar. Crê o que lês; ensina o que crês; e vive o que ensinas”.

Foi depois celebrada a Eucaristia, na qual os novos diáconos desempenharam as funções próprias no que diz respeito à liturgia eucarística.

No final da celebração, o Diácono Inácio Silva, um dos 4 diáconos permanentes ordenados há 25 anos, testemunhou a sua alegria e o seu agradecimento a Deus e a todos os que o têm ajudado no exercício do seu ministério.

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