Bispo de São Tomé e Príncipe na Caritas de Setúbal

D. Manuel António dos Santos quer conhecer projecto «Ponte de Esperança» que liga crianças sâ-tomenses a as padrinhos portugueses A Caritas de Setúbal vai esta noite acolher D. Manuel António dos Santos, Bispo de S. Tomé e Príncipe. D. Manuel António dos Santos mostrou-se interessado em conhecer o histórico do projecto “Ponte de Esperança”, uma iniciativa que leva portugueses a apadrinhar crianças sã-tomenses. “Vamos mostrar o caminho que o projecto foi desenvolvendo em Portugal, as necessidades e dificuldades que sentimos, mas também aguardamos as informações que ele nos pode dar da realidade em São Tomé e Príncipe”, explica à Agência ECCLESIA Madalena Reverendo, da Direcção da Caritas Diocesana de Setúbal. “Vai ser uma partilha recíproca com a presença de alguns padrinhos também”. Este projecto funciona em parceria com a Caritas daquele país africano e o apadrinhamento pode ser iniciado por um pedido em Portugal ou em São Tomé e Príncipe. “Por vezes recebemos listas de lá com o nome de crianças a precisar de ser apoiadas, e cá desenvolvemos contactos para que surjam padrinhos interessados nesse apoio”. A Caritas de Setúbal presta apoio a três instituições sã-tomenses – a Casa dos Pequeninos, em S. Tomé, o Centro Teresiano, em Angolares e o Centro de Apoio à Criança, em Ribeira Afonso. A estas instituições, a Caritas solicita nomes de crianças que precisam de apoio. Em Portugal são recebidas informações com os dados biográficos da criança, uma fotografia e as condições da vida da criança na família ou na instituição onde se encontra. O padrinho pode fazer uma proposta de adesão, onde manifesta as razões que o levam a querer apadrinhar uma criança. A comunicação “é um problema entre os dois países”, frisa Madalena Reverendo. De qualquer forma, “há casos em que os padrinhos já se deslocaram a São Tomé para conhecer os afilhados”. De África chegam também notícias dos afilhados que a Caritas de Setúbal faz depois chegar aos padrinhos, “mas não tem sido muito fácil”. Madalena Reverendo indica que “por vezes ficam nas instalações, durante algum tempo, presentes dos padrinhos para enviar para as crianças, pois temos muita dificuldade em arranjar transporte para São Tomé”. O objectivo desta «Ponte de Esperança» é “termos consciência que uma criança está a ser ajudada e sabe que alguém, em Portugal, está a pensar nela”. Este projecto surgiu de uma forma “muito informal”, numa ocasião onde estavam presentes os Presidentes das Caritas de Setúbal e de São Tomé e Príncipe “que nos falou que as crianças são dos grupos mais vulneráveis no seu país”, conta. Logo 23 pessoas se disponibilizaram para lançar o projecto e apadrinhar 23 crianças. Presentemente são 95 as crianças que contam com um padrinho português, mas Madalena Reverendo informa que em São Tomé e Príncipe há ainda muitas crianças para apoiar. A Caritas de Setúbal pensa agora, em criar uma ligação entre todos os padrinhos e madrinhas das crianças.

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