Bioética: Federação Portuguesa Pela Vida contesta decisão de tribunais sobre Charlie Gard

Bebé inglês apresentado como símbolo dos que «lutam pelo reconhecimento do valor da Vida Humana»

Lisboa, 10 jul 2017 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa Pela Vida (FPV) manifestou hoje a sua “comoção” pela situação do Charlie Gard, o bebé inglês que tem estado no centro de uma disputa entre os seus pais e os tribunais.

As máquinas que mantêm vivo o bebé Charlie Gard, vão ser desligadas sem autorização dos seus pais, na Inglaterra.

“A heroica luta de Chris Gard e Connie Yate pela vida do seu filho merece o reconhecimento de todo aqueles que lutam pelo reconhecimento do valor da Vida Humana”, refere a nota do FPV enviada à Agência ECCLESIA.

Connie Yates e Chris Gard viram travada a intenção de levar o seu filho para os EUA, para um tratamento experimental depois de o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos ter dado razão aos especialistas que sustentam o desligamento das máquinas para não provocar mais sofrimento da criança, de 10 meses.

“Infelizmente os pais de Charlie não têm que lutar apenas contra uma terrível doença, mas também contra o Estado inglês que, através do hospital e dos tribunais, decidiu que este bebé deve morrer”, sustenta a FPV.

"A doença não torna uma vida menos digna. A Vida tem limites que a ciência não consegue ultrapassar. Mas neste caso o Estado decidiu não esperar pelos seus limites, mas retirar a alimentação e a respiração a uma criança de dez meses", acrescenta a nota de imprensa.

Os magistrados voltam hoje a examinar o caso após o surgimento de novos dados sobre a possibilidade de prestar tratamento a Charlie Gard, com testemunhos de sete especialistas – alguns dos quais do Hospital Pediátrico ‘Bambino Gesù’, da Santa Sé.

OC

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