Bento XVI saúda sinais de abertura em Cuba

Relações com os EUA, embargo e crise internacional nos temas abordados pelo Papa

Bento XVI destacou esta Quinta-feira, no Vaticano, os sinais de abertura que Cuba tem vindo a dar ao mundo, em especial no que diz respeito às relações com os EUA, numa aproximação “mutuamente benéfica”.

Recebendo o novo embaixador cubano na Santa Sé, Eduardo Delgado Bermúdez, o Papa afirmou que Cuba ganhou um “decidido protagonismo, especialmente no contexto económico e político das Caraíbas e América Latina”.

Após destacar a colaboração que Cuba oferece a outras países em áreas como “a alfabetização e a saúde”, Bento XVI repetiu o apelo que João Paulo II deixou na Ilha, em Janeiro de 1998: “Que Cuba se abra ao mundo, com todas as suas magníficas possibilidades, e que o mundo se abra a Cuba”.

O actual Papa não quis deixar de lembrar que o país sofre “as consequências da grave crise mundial”, somada aos “efeitos devastadores dos desastres naturais e ao embargo económico”, atingindo em especial as populações mais pobres.

Bento XVI deixou votos de que se multipliquem os “sinais concretos de abertura ao exercício de liberdade religiosa” e sublinhou a cooperação entre a Igreja e as autoridades cubana, que permitiu “a realização de importantes projectos de assistência e reconstrução”.

Apesar desta nota positiva, o Papa solicitou para os católicos em Cuba “a oportunidade de celebrar a Missa nalgumas prisões, a realização de procissões religiosas, a reparação e devolução de alguns tempos”, entre outros.

Neste clima de aproximação, Bento XVI espera que a Igreja possa ver favorecida “a sua participação nos meios de comunicação social e na realização de tarefas educativas”.

Em conclusão, o papa deixou uma palavra para o povo cubano, “sempre nobre, lutador, sofrido e trabalhador”.

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