Bento XVI: É preciso contrariar «mentalidade» social que ameaça «renunciar» a Deus

Papa lança sessão plenária do Conselho Pontifício para os Leigos pedindo um «testemunho transparente em todos os campos do pensar e agir»

Cidade do Vaticano, 25 nov 2011 (Ecclesia) – Bento XVI alertou hoje, no Vaticano, para a necessidade dos cristãos contrariarem uma “mentalidade” social que ameaça cada vez mais “renunciar a toda e qualquer referência” de Deus.

“Nunca nos deveríamos cansar de propor sempre de novo esta questão, de recomeçar a partir de Deus, para voltar a dar ao homem a totalidade das suas dimensões, a sua plena dignidade”, salientou o Papa, uma mensagem dirigida ao Conselho Pontifício para os Leigos e publicada pela sala de imprensa da Santa Sé.

Aquele dicastério da Igreja Católica encontra-se reunido em assembleia plenária para refletir sobre “A questão de Deus, hoje”, uma iniciativa que conta com a participação do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Bento XVI classificou o assunto em debate como uma interrogação fundamental, que conduz o homem “às aspirações de verdade, felicidade e liberdade que habitam o seu coração e que aguardam concretização”.

“O homem que desperta em si a questão de Deus abre-se à esperança, a uma esperança digna de fé, pela qual vale a pena enfrentar a fadiga de caminhar no presente”, sublinhou.

Para o Papa, a renúncia social “a toda e qualquer referência ao transcendente” tem feito com as pessoas sejam incapazes de “compreender e preservar o humano”.

Uma lacuna que, acrescenta, está bem visível numa crise que antes de ser “ económica e social, é uma crise de significado e de valores”.

“Quando o homem se limita a procurar existir no âmbito do que se pode calcular e medir, acaba por ficar sufocado”, apontou Bento XVI, que sublinhou a importância decisiva dos leigos para mudar esta situação, através de um “testemunho transparente da relevância da questão de Deus, em todos os campos do pensar e do agir”.

“Na família, no trabalho, como também na política e na economia, o homem contemporâneo tem necessidade de ver com os próprios olhos e de tocar com as próprias mãos que com Deus ou sem Deus tudo muda”, concluiu.

JCP

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