Bento XVI destacou o valor da música e da arte sacra como ajuda para “abrir o coração a Deus”. Esta foi a mensagem que o Papa deixou aos organizadores e músicos do quinto Festival Internacional “Pro Musica e Arte Sacra”, no Vaticano, concluído este Domingo com a Missa de Coroação K.317 de Wolfgang Amadeus Mozart, na Basílica de São Pedro. Durante o Angelus, o Papa cumprimentou os músicos para felicitá-los por este acontecimento, e afirmou: “Na música espiritual e na arte sacra ressoam e brilham a beleza e a grandeza da fé”. No dia anterior, Bento XVI tinha sido brindado com um concerto da “Philharmonia Quartett Berlin”, oferecido pelo presidente da Alemanha, Horst Köhler. “Podemos imaginar a historia do mundo como uma maravilhosa sinfonia que Deus compôs e cuja execução ele próprio, como sapiente director de orquestra dirige”, disse o Papa no final do concerto. “Embora a partitura nos pareça às vezes muito complexa e difícil, Ele conhece-a da primeira á última nota. Nós não somos chamados a agarrar na baqueta do director e menos ainda a mudar as melodias segundo o nosso gosto, mas somos chamados, cada um de nós, no próprio lugar e com as próprias capacidades, a colaborar com o grande mestre na execução da sua estupenda obra-prima”, prosseguiu. Diálogo No encontro do Papa com Horst Köhler foi analisada a situação no Oriente Médio e sublinhou a necessidade da solidariedade com a África e do diálogo entre as religiões. Após a audiência com Bento XVI, o presidente alemão foi recebido pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano. Um comunicado distribuído pela sala de imprensa da Santa Sé revelou que “os cordiais colóquios permitiram, entre outras coisas, um intercâmbio de opiniões sobre temas relativos à situação internacional, particularmente, sobre o Médio Oriente”. Além disso, foi sublinhada a necessidade de promover “uma relação e um espírito de solidariedade a nível internacional, em especial com o continente africano”. “Por último, recordou-se a importância do compromisso pela educação da juventude e pelo diálogo entre as religiões”, conclui o comunicado.