Beja: Diocese vai homenagear dois padres com 60 anos de missão

Beja, 24 jun 2014 (Ecclesia) – A celebração das ordenações na Diocese de Beja vai ser marcada este sábado na Sé local por uma homenagem a dois sacerdotes com 60 anos de missão, os padres Manuel Alves e José Pires Soares.

Na sua nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Beja realça que a festa “será um momento forte de esperança no futuro desta diocese e também de gratidão pela vida e missão” de todos quantos serviram as comunidades locais no passado “e se mantiveram fiéis”.

Luís Fernandes, de Grândola, e o frei João Gonçalves, vindo do Brasil, vão ser ordenados sacerdotes, na eucaristia presidida por D. António Vitalino.

Para o prelado, esta iniciativa, que vai ter lugar um dia depois da jornada mundial de oração pela santificação do clero, deve ser também uma ocasião para refletir sobre a missão dos padres no mundo atual.

“Na alegria destes acontecimentos, pergunto-me: como deve ser desempenhada a missão do padre nos próximos tempos, nesta diocese, de modo a ajudar este povo no seu percurso?”, questiona o bispo de Beja.

Um “mundo globalizado pela técnica, de relações massificadas e anónimas”, pede à Igreja Católica novas formas de introduzir as pessoas na “sabedoria do mistério da vida, na profundidade do sentido da existência”.

Ao mesmo tempo, desafia-a a ser capaz de promover a “comunhão” e a atenção entre “todos”, de modo a “que ninguém fique excluído ou seja empurrado para a berma dos nossos caminhos”, salienta o responsável católico.

Nesse âmbito, sustenta D. António Vitalino, a humanidade precisa de guias carismáticos, que sejam pedagogos experimentados, que façam continuamente a experiência de Jesus, caminho, verdade e vida para a plenitude da vida eterna, que consiste na perfeição do amor, da caridade”.

“O padre deve acreditar e confiar na ação do Espírito Santo, que é o motor da vida da Igreja e nos antecede a trabalhar o coração daqueles a quem nos dirigimos”, aponta o prelado.

Outra caraterística essencial é que o sacerdote esteja envolvido “nas situações reais das pessoas”, que sinta “as suas alegrias e esperanças, êxitos e fracassos”, que crie “empatia com as pessoas”, saiba “acompanhá-las, escutá-las”.

Depois, “não basta celebrar os sacramentos, batizar e depois deixar as pessoas abandonadas, entregues a si mesmas”.

“Somos também responsáveis pela germinação da semente lançada. Contribuir para que dê fruto e muito. Isso exige que saibamos também festejar, celebrar a alegria da obra que Deus vai realizando no coração dos crentes”, frisa o bispo de Beja.

D. António Vitalino conclui pedindo às comunidades católicas que se associem à jornada mundial de oração e à ordenação dos novos sacerdotes, esta sexta e sábado, com “alegria, oração e gratidão”.

Que rezem “por vocações para a missão da Igreja” para que elas “nunca faltem”.

JCP

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