Banco Alimentar atinge recorde de solidariedade

Mais pessoas e instituições vão ser ajudadas. Braga abre, em Outubro, o 14º Banco em Portugal As 1702 toneladas que a campanha do Banco Alimentar Contra a Fome conseguiu angariar este fim de semana vai permitir estender a ajuda a mais instituições e a mais pessoas. A confirmação foi dada por Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, à Agência ECCLESIA, no rescaldo da campanha que deu ao Banco Alimentar uma ajuda inédita. “As 1702 toneladas representam um recorde nas campanhas, nunca antes atingido”, explica. A generosidade dos portugueses foi mais uma vez demonstrada, mostrando que confiam no Banco Alimentar. Para além da ajuda alimentar a mais pessoas os cabazes vão também ser reforçados. Os Bancos Alimentares vivem de doações diárias por parte da industria da agricultura e dos mercados abastecedores, das campanhas que realizam durante o ano e também de “excedentes provenientes de um programa comunitário”. No entanto “os excedentes escasseiam, pois no programa comunitário há cada vez menos”, logo os cabazes estavam a ser “cada vez mais pobres”, explica Isabel Jonet. O produto da campanha vai permitir “reforçar as doações”. A Presidente do Banco Alimentar dá conta que este fim de semana mais pessoas contribuíram. No entanto, ao longo da próxima semana, os portugueses continuam a ter disponíveis a “Ajuda Vale”, nos supermercados e na Rede de lojas Payshop. Isabel Jonet explica que “as pessoas gostam de saber o que dão e comprar directamente para o saco”, no entanto, os portugueses estão a aderir a esta nova forma de ajuda. A Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome dá conta de uma “especulação em matérias primas”, que são produtos “essenciais para a vida”. Isabel Jonet reafirma ser uma “injustiça haver especulação com produtos, como se de ouro se tratasse”, pois os alimentos são bens “inigualáveis”. Braga com Banco Alimentar Em Dezembro as instituições do distrito de Braga vão contar com o auxílio do novo armazém que em Outubro vai ser inaugurado na cidade. O 14º Banco Alimentar resulta de um esforço dos bracarenses e de uma iniciativa da sociedade civil, frisa Isabel Jonet. “Não há qualquer ligação à Igreja católica ou a poderes políticos” adianta a Presidente. Esta mesma informação foi dada ao Arcebispo da diocese, D. Jorge Ortiga, que “deu todo o seu apoio a este projecto”. O trabalho que o Banco Alimentar desenvolve destina-se a todas as pessoas. A equipa de Braga, “todas elas voluntárias”, conta agora com o auxílio da autarquia da cidade entre muitas outras entidades, criando “redes de solidariedade”, explica Isabel Jonet. Os 13º Bancos Alimentares portugueses seguem directivas estabelecidas pela rede europeia – www.eurofoodbank.org , que conta com um total de 232 Bancos. A actividade dos Bancos Alimentares norteia-se pelo princípio genérico da “recolha local, ajuda local”, aproximando os dadores dos beneficiários e permitindo uma proximidade entre quem dá e quem recebe. Este modo de funcionamento possibilita o encontro entre voluntários e instituições beneficiárias, mas também entre fornecedores da indústria agroalimentar, empresas de serviços, poderes públicos e o público em geral. Isabel Jonet adianta ainda que “em curso estão ainda duas possibilidades de mais novos Bancos Alimentares na Madeira e em Vila Real”. No entanto, a Presidente da rede portuguesa sublinha o empenho e esforço que estes projectos necessitam e por isso “precisam de maior maturação”. Notícias relacionadas Banco Alimentar alerta para carências em Portugal

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