Aveiro: Cidade promoveu homenagem a D. António Francisco dos Santos, seu antigo bispo

Autarquia e diocese lembraram figura do falecido responsável, com a obra «Arcanjos», em avenida com o seu nome

Aveiro, 18 mar 2023 (Ecclesia) – A cidade de Aveiro prestou hoje homenagem a D. António Francisco dos Santos, bispo desta diocese entre 2006 e 2014, que faleceu em 2017, com uma homenagem pública, evocando os 18 anos da sua ordenação episcopal.

“D. António Francisco ainda continua a ser lembrado, está na memória da diocese e dos aveirenses. Quando ele morreu, a diocese pediu à Câmara para dar o seu nome a uma das artérias da cidade e o presidente do Município disponibilizou-se logo e disse-nos que queria ter um espaço condigno”, recordou hoje D. António Moiteiro, atual bispo da diocese, em declarações à Agência ECCLESIA.

A inauguração da nova Rotunda da Avenida D. António Francisco dos Santos, com uma estátua de “São Rafael e o menino”, a terceira da obra “Arcanjos”, de Paulo Neves, foi presidida por José Ribau Esteves, edil de Aveiro.

O responsável disse à Agência ECCLESIA que o antigo bispo de Aveiro é ainda recordado por “crentes e não crentes”, sendo desejo deste município manter viva a sua memória.

“As memórias das pessoas que marcam a terra e a gente, quando elas são positivas, só temos de cuidar e manter vivas, como exemplo, como estímulo. Numa fase em que o mundo e a Igreja vivem períodos e processos agitados, alguns tão difíceis de aceitar, é sempre muito importante alimentarmos a vida, a existência dos valores de pessoas que foram tão importantes que passaram por nós”, explicou.

Na inauguração da obra, Ribau Esteves disse que este é um dia para celebrar “valores muitos especiais”, considerando que o nome de D. António Francisco dos Santos, agora numa avenida da cidade, é visto como um “símbolo de união”.

O presidente da Câmara de Aveiro evocou o falecido bispo como “alguém capaz de facilitar a relação entre as pessoas e destas com Deus”, homenageando ainda a “forma simples e intensa” como vivia e como “partilhava a vida dos outros”.

José Ribau Esteves destacou a importância de propor um discurso positivo, vendo no quarto elemento deste ciclo escultórico, uma criança, a referência aos “valores da vida”.

Cada um dos três arcanjos – Miguel, Gabriel e Rafael – tem, na pedra, um elemento de cor – verde, vermelho e amarelo -, que evoca a “portugalidade”.

Paulo Neves referiu à Agência ECCLESIA, por sua vez, que D. António Francisco dos Santos é recordado por muitos, ele próprio, como um “anjo”.

“Eu acredito em anjos, acho que eles existem e que nos protegem”, acrescentou.

Após a inauguração, o Museu de Aveiro/Santa Joana recebeu uma conversa sobre a vida de D. António Francisco dos Santos e a apresentação de um catálogo das três peças.

A conversa juntou D. António Moiteiro, Ribau Esteves, Paulo Neves, o curador Nuno Sacramento, Manuel Assunção – antigo reitor da Universidade de Aveiro -, Antonino Francisco – primo de D. António Francisco dos Santos -, e D. Américo Aguiar – presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e antigo chefe de gabinete do falecido bispo, quando este serviu a Diocese do Porto.

“Foi na função de bispo de Aveiro que ele se sentiu mais feliz”, disse Antonino Francisco.

Pelas 19h00 é celebrada uma Eucaristia, evocando a vida de D. António Francisco dos Santos.

OC

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