Arcebispo de Évora destaca importância da sintonia com o Papa

D. José Alves encontrou-se com Bento XVI, depois de Domingo ter recebido o pálio D. José Sanches Alves, Arcebispo de Évora, recebeu Domingo das mãos do Papa o pálio, uma insígnia própria dos Arcebispos Metropolitas, e encontrou-se com ele esta Segunda-feira, dia em que Bento XVI destacou a importância da “comunhão” entre Roma e as Igrejas diocesanas. Em declarações à Agência ECCLESIA, depois deste encontro, o Arcebispo português destaca a “vivência muito profunda” de universalidade que experimentou nestes dias. Os 41 Arcebispos presentes na cerimónia de Domingo e no encontro de hoje provinham dos 5 continentes. “Os Arcebispos têm a conotação da universalidade da Igreja, porque procedentes de todos os continentes e também de vários ritos”, explica D. José Sanches Alves. O Arcebispo de Évora destaca também como momento marcante a abertura do Ano Paulino, Sábado, na Basílica de São Paulo fora de muros, em Roma. Esta foi, por tudo isso, “uma vivência extraordinária que normalmente não podemos ter em Portugal”. “Aqui, nestes momentos, sentimo-nos cidadãos do mundo e, sobretudo, Bispos da Igreja Católica e universal”, assegura o prelado. Hoje, o Papa ofereceu uma saudação aos Arcebispos Metropolitas de língua portuguesa que ontem receberam o pálio (D. José Alves e dois brasileiros): “Prezados Irmãos, sede sempre solícitos pela grei de Cristo que vos foi confiada, procurando estreitar cada vez mais os vínculos de comunhão com o Sucessor de Pedro e entre as vossas dioceses sufragâneas”. “E vós, amados amigos que os acompanhais, segui com docilidade os seus ensinamentos, cooperando com eles generosamente para a realização do Reino de Deus. Invocando a protecção da Virgem Mãe de Deus, concedo a vós aqui presentes e vossas comunidades arquidiocesanas a Bênção Apostólica”, acrescentou. A imposição do pálio teve lugar no altar da confissão da Basílica de São Pedro. O pálio, (faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda), é uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” que é abençoada pelos Papas nesta solenidade. Para além do próprio Papa, os Pálios são também envergados pelos Arcebispos Metropolitas nas suas Igrejas e nas da sua Província eclesiástica. O Metropolita preside a uma província eclesiástica constituída por diversas dioceses. Este sistema administrativo veio da divisão civil do Império Romano, depois da paz de Constantino (313). Em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora. Comunhão Aos 41 Arcebispos recebidos em audiência esta Segunda-feira, o Papa lembrou que o pálio “é sinal da ligação particular dos pastores da Igreja com os sucessores de Pedro”. Bento XVI falou do “amor a Cristo” como condição para “o serviço” de cada um dos presentes, condição à qual “nada deve ser anteposto”. “A imagem do corpo orgânico aplicada à Igreja é um dos elementos fortes e característicos da doutrina de São Paulo e por isso, neste ano jubilar a ele dedicado, deseja confiar a cada um de vós, caros Arcebispos, à sua celeste protecção”, indicou. “O Apóstolo das gentes vos ajude a fazer as comunidades a vós confiadas, unidas e missionárias, concordes e coordenadas na acção pastoral animas pelo constante desejo apostólico”, disse. O Papa elencou, depois, cada um dos 41 Arcebispos, começando pelo novo Patriarca latino de Jerusalém, D. Fouad Twal. Para D. José Alves, esta “comunhão com Pedro, na pessoa do Papa”, é uma “nota fundamental” para quem vem de tradições e línguas diferentes. “Experimentámos o que é a unidade da Igreja, que consegue harmonizar as diferenças na comunhão”, assegurou. Símbolo dessa comunhão com o Papa, cada pálio é colocado junto ao túmulo de São Pedro e são depois trazidos para serem benzidos e impostos a cada Arcebispo. “Tudo isto para significar a nossa comunhão de Arcebispos com Sua Santidade, Sucessor de Pedro, comunhão que se torna extensiva às províncias eclesiásticas, através dos Metropolitas”, conclui. FOTO: Lusa

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