Ao Serviço da Pessoa, Curar e Cuidar

Conclusões do II Congresso Nacional da Pastoral da Saúde Fátima, 1, 2 e 3 de Fevereiro de 2007 Os cerca de mil e duzentos participantes, provenientes de todo o país, reunidos no 2º Congresso Nacional da Pastoral da Saúde, procuraram encontrar as respostas às grandes questões nele analisadas. 1º Considerando: A importância da saúde no mundo contemporâneo, tal como é expressa pela preocupação de “dar mais anos à vida” e “mais vida aos anos” e pela formulação da necessidade de defender e promover a qualidade de vida da pessoa humana, em todo o ciclo vital; O dever da Igreja intervir pastoralmente, nesta área tão sensível da vida em sociedade, sem se limitar a condenar os erros e a confortar as pessoas com promessas de oração e recomendação de sacrifícios; O desafio da nova evangelização que reclama novos métodos e novas expressões pastorais, com dinamismos inovadores que respondam adequadamente aos novos problemas do homem e do mundo; A Pastoral da Saúde como uma das áreas onde as iniciativas de formação, de tratamento ou de acompanhamento se identificam melhor com novas formas de evangelização, animadas pela criatividade nascida da “fantasia da caridade”; A urgência de pôr em actividade, em cada diocese do país, um grupo permanente da Pastoral da Saúde, congregando médicos, enfermeiros, farmacêuticos, capelães, assistentes sociais, auxiliares, administrativos, outros profissionais de saúde e voluntários, das instituições de saúde como das paróquias, responsabilizados pela dinamização de iniciativas neste âmbito. 2º Propõem-se: Tomar as iniciativas necessárias a que a Pastoral da Saúde tenha, em cada diocese, um grupo de trabalho – comissão instaladora que congregue capelães, médicos, enfermeiros, outros profissionais e voluntários em saúde, em ordem à criação da Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde. Procurar escolher e formar sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos, especificamente preparados para desenvolver uma acção pastoral organizada em hospitais e clínicas e nas comunidades paroquiais, no exercício das funções de capelães e assistentes espirituais hospitalares ou de responsáveis de acção social na paróquia. Apoiar a formação dos agentes pastorais na área da saúde sensibilizando-os para os problemas concretos da acção pastoral neste domínio e suscitando oportunidades para a sua especialização a todos os níveis, investindo nomeadamente no apoio a mestrados e pós-graduações nesta dimensão do saber teológico-pastoral, como é o caso do Curso Ética e Espiritualidade e Saúde, que se inicia brevemente na UCP, resultado da cooperação entre a Pastoral da Saúde, as Ordens Hospitaleiras e a Faculdade de Teologia e o Instituto de Ciências da Saúde desta Universidade. Responder às exigências pastorais nascidas da reflexão neste Congresso e que se consubstanciam em várias propostas, mas privilegiando três áreas, a desenvolver em todas as dioceses, inseridas nos programas pastorais: a) Criar Centros de Apoio à Vida integrando as várias iniciativas surgidas: acolhimento às grávidas, acompanhamento personalizado de cada caso, orientação da mãe (ou casal) depois do parto, ajuda integral à família com problemas. b) Estruturar a nível diocesano a pastoral dos adultos maiores, de tal maneira que possam converter-se alguns lares e residências em unidades de cuidados continuados e mesmo de cuidados Paliativos, com o rigor científico e técnico indispensável, sem descurar os centros de dia e o apoio domiciliário ao doentes em todas as etapas e nas diferentes situações da vida. c) Desenvolver relações que possam constituir um trabalho em rede, assente na cooperação recíproca entre as comunidades paroquiais e as instituições de saúde locais, como os Hospitais e as suas urgências, as ULS, os Centros de Saúde e as Unidades de Apoio Familiar, em ordem à informação e à educação de todos em estilos de vida saudáveis e também para facilitar o acompanhamento dos doentes, sobretudo os maiores, quando recorrem a estes serviços. Estas conclusões responsabilizam os quadros pastorais diocesanos e pedem o envolvimento de todos os profissionais de saúde católicos. No horizonte da Nova Evangelização, afirmamos e comprometemo-nos com um tempo novo para a Pastoral da Saúde, conscientes de que, como ao tempo de Jesus, a Boa Nova da “vida em abundância” se anuncia no serviço à Pessoa Humana, concretizado em gestos e palavras de cura e cuidado que requerem, como protagonista, a Igreja toda e todos na Igreja. Fátima, 3 de Fevereiro de 2007

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