Coordenadora nacional, Fernanda Freitas, anuncia «voltas» em todo o país, para suscitar um compromisso de proximidade
Lisboa, 11 Jan (Ecclesia) – A coordenadora nacional do Ano Europeu do Voluntariado, Fernanda Freitas, espera que a iniciativa consiga promover um compromisso de “proximidade” em Portugal.
“O mais importante deste ano é divulgar o voluntariado e, sobretudo, o voluntariado de proximidade. Antes de atravessar o mundo, para desenvolver projectos em países em vias de desenvolvimento, pergunto se não deveríamos atravessar a rua e perceber o que podemos fazer pela comunidade, bairro ou prédio”, refere a jornalista.
Em entrevista à ECCLESIA, Fernanda Freitas deixa votos de que os portugueses assumam “o compromisso de ser um povo voluntário, para além de solidário”, considerando que esse seria um caminho para “resolver grande parte dos problemas sociais, sobretudo de exclusão social”.
“O povo português é muito generoso, gosta de ajudar. Penso que falta compromisso, ou seja, ser generoso mas numa lógica de compromisso, não apenas quando se é solicitado”, precisa.
A coordenadora nacional lamenta que falte “resposta” a muita gente que procura ser voluntário.
“Isto não pode acontecer. Não podemos desperdiçar potencial humano. As instituições precisam de abrir espaço ao voluntariado, saber que os voluntários não vão falhar e perceber que um voluntário não vai substituir um trabalhador”, sublinha.
Fernanda Ferias refere ainda que “outro caminho a explorar este ano é o voluntariado empresarial”.
No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da União Europeia declarou oficialmente 2011 como «Ano Europeu das actividades voluntárias que promovam uma cidadania activa».
Em Portugal, o ano vai começar, oficialmente, a 3 de Fevereiro com uma iniciativa intitulada «A volta do voluntariado».
“É uma feira de voluntariado, que começa em Lisboa. O desafio da Comissão Europeia é situar esta volta nas capitais, mas a comissão portuguesa de acompanhamento do ano, quis ser mais ambiciosa”, adianta Fernanda Freitas, pelo que a iniciativa vai espalhar-se pelo país.
“Estas «voltas» querem transmitir a disponibilidade que as entidades têm para receber, mas também provocar o inverso – as pessoas devem dirigir-se às entidades e oferecer-se como voluntários”, indica.
“Quando se assume interiormente o voluntariado, está a assumir-se um compromisso de missão para concretizar uma ajuda que não é apenas espontânea”, refere ainda a coordenadora nacional.
O Ano Europeu do Voluntariado está em destaque na última edição do semanário «Agência ECCLESIA», hoje publicada.
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