Coordenador do setor destaca importância da espiritualidade para a recuperação ou aceitação da «morte como porta da vida»
Lisboa, 23 out 2012 (Ecclesia) – A Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS), da Igreja Católica, quer aproveitar o Ano da Fé para intensificar o seu trabalho de apoio e evangelização junto dos doentes.
Em entrevista à ECCLESIA, o coordenador daquele organismo, monsenhor Vitor Feytor Pinto, fala na necessidade de ir ao encontro dos crentes que devido à sua enfermidade se sentem “abandonados” por Deus e daqueles que “passaram a sentir necessidade” de acreditar em algo transcendente para se agarrarem à vida.
Aquele responsável recorda ainda que “hoje o doente ou a pessoa idosa é muitas vezes abandonado em casa, está completamente sozinho”, e nesse quadro a existência de uma “equipa pastoral” em cada paróquia é muito importante.
O acompanhamento social e espiritual, o acesso à oração e aos sacramentos “ajuda imenso a pessoa a ter uma alegria nova para viver o sofrimento mas com esperança de recuperar”.
“Se o doente estiver numa fase terminal”, a missão da Pastoral da Saúde é contribuir para que ele tenha “a serenidade necessária para aceitar a morte como porta da vida”, realça o sacerdote.
O tema da Pastoral da Saúde no Ano da Fé esteve em destaque este sábado e domingo em Lisboa, durante uma jornada diocesana dedicada ao setor, realizada no auditório da antiga Escola Superior de Enfermagem de São Vicente de Paulo, (Lar de Santa Catarina Labouré) .
A iniciativa, aberta pelo cardeal-patriarca, D. José Policarpo, apontou o “hospital” como “um lugar de anúncio do Evangelho” e alertou para a importância de formar recursos humanos qualificados para desempenhar essa função.
“Os médicos, enfermeiros, voluntários, auxiliares de ação médica, até pela própria experiência de fé que vivem, podem ser elemento muito importante para ajudar as pessoas a redescobrirem o Deus que perderam”, conclui o padre Feytor Pinto.
PTE/JCP