Ano A – Solenidade do Natal do Senhor

Aí está o Deus connosco!

Hoje é Natal, dia de sublime apelo a acolher o Verbo de Deus. Todos os anos celebramos este mistério com renovada alegria e fecunda esperança. O nascimento de Jesus é permanente, até dizemos que Natal é todos os dias. Somos assim chamados a assumir uma vida cristã de modo intenso todos os dias, e não por episódios desfasados ou preceituais repetições.

Na Solenidade do Natal encontramo-nos com Deus que vem ao nosso coração, disponíveis para acolher o seu abraço de amor. Mas muitas vezes corremos o risco de contribuir para o natal pagão do consumismo e do desperdício, das prendas obrigatórias e nem sempre sentidas, de tantos ritos e simbólicas que nos afastam do essencial.

O essencial é Deus connosco. As figuras de Maria e de José estão no presépio da vida, convidando-nos a ter o olhar centrado em Jesus, na essência das coisas que contam. Se assim for, não há estorvos que possam arredar-nos do caminho autêntico que nos leva a andar com o Emanuel, o Deus connosco.

Sintonizemos com a liturgia natalícia, que nos convida a contemplar o amor de Deus manifestado na encarnação de Jesus, o Verbo, a Palavra que vem habitar no meio de nós e nos oferece vida em plenitude, elevando-nos à dignidade de filhos e filhas de Deus.

Acolhamos a Palavra que é o próprio Jesus, como luz que nos ilumina e transforma, eliminando tantas trevas que ofuscam a luz verdadeira: mentiras e oportunismos, guerras e violências, exploração dos pobres e misérias, limitações e atentados à dignidade da pessoa.

Admiremos Jesus, o menino do presépio que é para nós a Palavra suprema que dá sentido à nossa vida, deixando de lado outras palavras que nos condicionam e nos induzem a procurar a felicidade em caminhos de egoísmo, de alienação, de comodismo, de pecado.

Meditemos algumas palavras de São Leão Magno na Liturgia das Horas deste dia: «Hoje nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida, uma vida que destrói o temor da morte e nos infunde a alegria da eternidade prometida. Ninguém é excluído desta felicidade, porque é comum a todos os homens a causa desta alegria: Nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio para nos libertar a todos. Alegre-se o santo, porque se aproxima a vitória; alegre-se o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; anime-se o gentio, porque é chamado para a vida».

Votos de santo e feliz Natal, para todos vós e vossas famílias e comunidades, com o coração centrado no Deus connosco, que aí está a iluminar as nossas vidas!

Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org

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