Angra: Bispo pediu aos sacerdotes «uma Igreja de serviço», e lembrou que têm «os olhares não só na pregação mas também no estilo de vida»

«Que o desânimo nunca se apodere de nós. Uma crise não é pecado mas uma nova oportunidade» – D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/CR

Angra do Heroísmo, Açores, 26 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que este “é um tempo difícil” para o clero, e incentivou a várias práticas que contribuam para “uma Igreja de serviço”, numa Missa onde vários padres renovaram as promessas sacerdotais, em Ponta Delgada.

“Que a renovação das promessas seja a renovação deste amor fiel; podemos abraçar-nos, olharmo-nos olhos nos olhos e renovar esta grande história de amor. Formemos um só corpo que se quer bem, porque hoje é mais difícil, corpo fraterno e amigo, generoso, disponível e com capacidade de se renovar todos os dias para gerar vida nova”, disse D. Armando Esteves Domingues, na homilia, esta segunda-feira, na igreja matriz de São Sebastião.

O portal na internet ‘Igreja Açores’ informa que a partir de três olhares de Jesus, tema que irá nortear todas as reflexões desta Semana Santa na Diocese de Angra, o bispo diocesano afirmou que “é um tempo difícil” para os sacerdotes, são “poucos” e têm os olhares virados para si, “não só na pregação mas também no estilo de vida”, por isso, a sua “missão é sujeita a interpretações várias”.

“Que o desânimo nunca se apodere de nós. Uma crise não é pecado mas uma nova oportunidade; uma dificuldade que às vezes nos impede de avançar, e que possamos sentir, deve ser vista como um ponto de arranque para novas etapas”, desenvolveu, mesmo diante das “infidelidades” nunca “estão sozinhos”.

“Caríssimos, é o nosso dia”, disse D. Armando Esteves Domingues, às mais de três dezenas de sacerdotes das ilhas açorianas de São Miguel e de Santa Maria, e, no início da homilia, pediu desculpa à assembleia por falar sobretudo para os padres.

O bispo de Angra pediu “correção fraterna e amor” entre os sacerdotes, mas, sobretudo, com as comunidades, incentivou-os a “rezarem a palavra que vão dizer e nunca repetir homilias”, a ler e meditar em conjunto, a fazer “lectio divina em grupos de padres ou padres com leigos”, e outras iniciativas que contribuam para “uma Igreja de serviço”.

Foto: Igreja Açores/CR

“Oxalá sejamos e nos sintamos os alicerces desta Igreja de serviço, desperta para o outro. Nós não temos a salvação da humanidade a não ser com Cristo. Aprofundemos isto e convidemos o povo de Deus a aproveitar ao máximo a complementaridade; quando amamos e nos sentimos amados tornamo-nos mais credíveis”, desenvolveu.

“Sem Cristo e sem o seu perfume a Igreja corre o risco de ir para a frente sem Deus e sem esperança, o mundo precisa desta esperança”, concluiu.

A Diocese de Angra celebra, nesta Semana Santa 2024, sete jubileus de sacerdotes – bodas de prata, de ouro e diamante -, esta segunda-feira, na igreja matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, participaram dois, o padre António Rego, ordenado há 60 anos, e o padre Francisco Zanom, ordenado há 25 anos.

É um dia bonito para todos nós mas é particularmente bonito para o Padre António Rego que foi ordenado nesta Matriz há 60 anos. Fica aqui a expressão da nossa diocese mas também da Igreja portuguesa a quem deu tanto através da comunicação social, contribuindo para a abertura da Igreja ao mundo, uma Igreja aberta e atenta ao mundo.”

Hoje, o bispo de Angra celebra na Sé, em Angra do Heroísmo, a Missa Crismal, com mais de 40 sacerdotes de todas as ilhas; o sítio online da Diocese de Angra informa que esta celebração, habitual na manhã de Quinta-feira Santa, é antecipada nos Açores para que os sacerdotes possam participar e, depois, regressar às suas comunidades para o início do Tríduo Pascal.

CB/OC

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