D. Benedito Roberto, Bispo da Diocese angolana do Sumbe, passou por Lisboa onde conversou com responsáveis da secção portuguesa da Ajuda à Igreja que Sofre sobre os desafios que se colocam à acção pastoral no seu país. «Nós como igreja diocesana de missão continuamos muito agradecidos aos missionários. Somos dioceses muito grandes, o pessoal que temos, missionários, sacerdotes, irmãs são em número muito reduzido», lamentou. A diocese tem um sacerdote a estudar Sagrada Escritura com uma bolsa financiada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). «Vim agradecer à AIS, em geral, pelo muito que tem feito pela nossa diocese. Eu sei que tem feito muito para tantas outras dioceses, mas eu tenho de agradecer particularmente: o apoio material, para além do espiritual, que a Fundação está a dar», refere. O prelado, membro da Congregação do Espírito Santo, confessa o desejo de que «haja também uma comunidade espiritana, para trabalharmos juntos». D. Benedito Roberto observa que, na sua Diocese, «estamos agora muito confrontados com as seitas, e as seitas entram muito pela Bíblia, de tal modo que se apresentam como os mais conhecedores dela». «Os católicos são ignorantes e parecendo que não, isto desencoraja também alguns cristãos para a fé. Então precisamos de ter pessoas que ajudem o povo a conhecer a Bíblia, ainda que seja apenas para conhecer as passagens, ainda que não seja necessário citar os versículos, mas conhecer a Bíblia», assegura. No Sumbe é utilizada a obra «Deus Fala aos Seus Filhos», uma recolha essencial dos textos bíblicos, editado pela Fundação AIS, como contributo para o conhecimento da Palavra de Deus no Ano Internacional da Bíblia, que se comemorou em 1997. Os textos são ilustrados pelos belíssimos desenhos de Miren Sorne. A concluir a sua visita, D. Benedito Roberto reconheceu que «este é um momento muito próprio para nós dizermos obrigado, mas um obrigado reconhecido aos nossos benfeitores». «Nós estamos muito agradecidos por todo o apoio que nos estão a dar, no plano material, mas quero agradecer particularmente também o apoio espiritual, que para nós é a força maior. E quero aproveitar neste momento, recomendar aos nossos benfeitores da Fundação o momento crucial que se aproxima para a Igreja de Angola, para Angola, ao fim e ao cabo, as eleições, que estão marcadas para 5 e 6 de Setembro», afirmou.