A família como pedra angular da sociedade

A família é o «eixo da humanidade, a sua pedra angular» e o futuro da sociedade, assim como o da Igreja, passam «inexoravelmente por ela». Foi deste modo que D. Antonino Dias definiu a família durante a celebração eucarística que decorreu na basílica dos Congregados e que serviu de encerramento da comemoração do Dia Internacional da Família, organizada ontem pelo Conselho Municipal de Reformados, Pensionistas e Idosos. Na celebração animada pelo Coro dos Antigos Alunos da Escola Comercial de Braga, o Bispo Auxiliar de Braga procurou mostrar o lado positivo da família salientando que, apesar do sofrimento de que muitas são vítimas e dos atentados que sofrem «mercê da ingratidão e da desumanização de uma sociedade que despreza a vida e dispensa os mais idosos», ela é um «projecto comum» na qual assenta o futuro. Comentando a leitura da Carta de S. Tiago – onde se defendem os pobres e se condena a acepção de pessoas – o prelado afirmou que «quando a Igreja e os membros que a integram concedem privilégios, maior consideração e atenções especiais aos ricos e poderosos, estão a adoptar a atitude da sociedade secular e a agir contrariamente ao desígnio e ao plano de Deus». No Dia Internacional da Família, em plena Semana da Vida e na conclusão de um triénio pastoral dedicado à família, D. Antonino Dias considerou que «é sempre bom haver um pretexto para se falar da família, da sua dignidade, dos seus valores, da sua importância para o equilíbrio saudável da comunidade humana da qual ela é o centro, a base e o fundamento». O prelado bracarense defendeu também que «as mazelas da sociedade têm quase sempre, a sua razão mais profunda na desagregação familiar». No entanto, vincou que «ninguém jamais a pôde ou poderá destruir». Animação e alegria entre os idosos Durante a tarde recreativa que começou pouco depois das 14h00, não faltou alegria, animação e boa disposição. Ao Diário do Minho, Alfredo Cardoso, coordenador do Conselho Municipal de Reformados, Pensionistas e Idosos disse que, entre outras actividades, houve música, a cargo do Grupo de Cavaquinhos da Delegação de Braga do Sindicato dos Bancários do Norte, declamação de poesia, leitura de mensagens relativas à efeméride e também uma largada de mais de 700 balões contendo mensagens sobre a família. Apesar do constante risco de chuva e consequente preocupação com os idosos incapacitados de se movimentarem, a tarde decorreu sem sobressaltos nem imprevistos indesejados. Aquele responsável referiu que mais de 100 crianças passaram pela Avenida Central para deixar mensagens aos avós, facto que considerou «muito positivo e desejável». «O convívio inter-geracional é indispensável nos dias de hoje», defendeu. Aos presentes foi ainda distribuída a tradicional “Canção da Família”, do padre Zezinho, que foi interpretada por todos, crianças, idosos e curiosos. Para Alfredo Cardoso, «essa música resume e engloba o espírito e os objectivos desta celebração» referindo que «sem qualquer complexo ou preconceito» foi cantada pelos presentes.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top