Cruz e Ícone de Nossa Senhora passaram pelo sul de Portugal durante o mês de novembro e são entregues hoje à Diocese de Beja
Loulé, 27 nov 2023 (Ecclesia) – O coordenador na Diocese do Algarve da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 disse à Agência Ecclesia que a peregrinação dos símbolos durante o mês de novembro mostrou que a jornada “já é uma realidade concreta”.
“Os jovens finalmente sentiram que a Jornada Mundial Juventude já é uma realidade concreta e não só uma realidade hipotética que vai aparecer em 2023”, afirmou João Costa no Santuário da Mãe Soberana, em Loulé, onde os jovens algarvios se encontraram na noite desta sexta-feira para uma peregrinação com os símbolos e uma vigília de oração.
Para o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) da JMJ Lisboa 2023, no Algarve, a peregrinação dos símbolos fez acontecer jornada já em 2021, na região.
“Mostrou que é algo real”, sublinhou João Costa, constatando que por diferentes motivos alguns jovens podiam não se sentir “entusiasmados e encorajados” a participar, em 2023.
“A passagem do símbolos é o melhor convite e a melhor força para continuar este caminho até 2023”, afirmou.
João Costa referiu que a peregrinação da Cruz e do Ícone e Nossa Senhora foi uma ocasião para formar “bons alicerces” e “criar pontes” pela possibilidade de estar em ambientes inesperados, como uma prisão ou um hospital, com símbolos que “têm um impacto e visibilidade mundial”.
“Agora que vamos passar os símbolos para Beja, que sejamos nós estes símbolos, indo às periferias e podendo fazer a diferença junto de tanta gente e de tantos jovens que procuram um sentido”, indicou o responsável pelo COD do Algarve.
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude iniciam hoje a peregrinação na Diocese de Beja, onde estarão durante o mês de dezembro, e vão peregrinar um mês em cada diocese, terminando em Lisboa, em julho de 2023.
A entrega dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude vai acontecer em Mértola, onde jovens a Diocese de Beja recebem de jovens da Diocese do Algarve a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora.
PR
Peregrinação dos Símbolos nas Dioceses de Portugal
Novembro 2021 – Algarve |
A Cruz peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por São João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis. Ícone Desde 2000 que a Cruz Peregrina é acompanhada pelo Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este Ícone foi introduzido também pelo Papa São João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das devoções mais populares marianas em Itália: é antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica. |