Algarve: Bispo pede padres que «evangelizem as periferias»

D. Manuel Quintas alertou ainda para a necessidade de estruturas “mais missionárias”

Faro, 17 abr 2014 (Ecclesia) – O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas pediu, hoje na Missa Crismal na Sé de Faro, aos padres que não “se cansem de evangelizar”, sobretudo nas “periferias humanas e geográficas”, e que as estruturas da diocese “se tornem mais missionárias”.

“Impelidos pelo espírito, não nos cansemos de difundir por toda a parte o bom odor de Cristo, ou seja, o evangelho da alegria e da esperança, sobretudo nas periferias humanas e geográficas como nos aponta o Papa Francisco”, disse D. Manuel Quintas.

“Neste dia, e no seguimento de quanto venho afirmando, quero convidar-vos a acolher como Igreja diocesana que somos, o apelo que o Papa Francisco dirigiu a toda a Igreja na recente exortação apostólica A Alegria do Evangelho, de modo a encontrarmos os caminhos mais indicados para a conversão pessoal e eclesial que ele nos pede”, acrescentou segundo relata o jornal Folha do Domingo.

Neste sentido, D. Manuel Quintas desafiou todas as estruturas da Igreja algarvia a cumprir o “sonho” do Papa “tornando-se mais missionárias”.

“Que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de ‘saída’ e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade. O objetivo destes processos participativos não há-de ser principalmente a organização eclesial, mas o sonho missionário de chegar a todos”, sublinhou.

D. Manuel Quintas lembrou ainda aos sacerdotes o sentido do seu ministério afirmando que este “não provém de uma herança, nem é fruto de uma conquista ou méritos pessoais” mas existe “porque Cristo nos seduziu e nós nos deixámos seduzir, tornando-nos participantes do seu sacerdócio”.

“Na Igreja, as funções não conferem ou justificam a superioridade de uns sobre os outros, mas sim uma especial capacitação para o serviço”, reiterou.

O bispo do Algarve lembrou que quando se fala “do poder sacerdotal”, trata-se da “função e de serviço e não de dignidade ou de santidade”.

“A dignidade e a vocação à santidade provêm do batismo e do crisma, sacramentos a que todos têm acesso, a configuração do sacerdote com Cristo, cabeça, isto é, como fonte principal da graça, não comporta uma exaltação que o coloque por cima dos demais”, advertiu.

“Se amamos Cristo e o dom que ele nos fez, se estamos decididos a percorrer o caminho da renovação interior e da santidade que propomos aos outros, então seremos capazes apascentar o povo que nos foi confiado e de confirmar a sua fé com o testemunho alegre e fiel da nossa vida confiada a Cristo e à Igreja”, concluiu D. Manuel Quintas na homilia desta manhã na Missa Crismal que teve lugar na Sé de Faro.

FD/MD

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