Açores: Seminário de Angra começa ano letivo com 17 alunos e desafios na formação

Angra do Heroísmo, Açores, 12 set 2014 (Ecclesia) – O reitor do Seminário Episcopal de Angra desafiou os sacerdotes a mostrarem mais interesse por esta instituição e explicou no início do novo ano letivo os desafios que enfrenta com a diminuição de vocações e interrogações dos jovens.

“A comunidade está a ficar pequena demais e, abaixo dos 15 alunos, julgo que teremos de pensar outra estratégia”, explica padre Hélder Miranda Alexandre que acredita na sustentabilidade desta instituição de ensino.

O ano letivo no Seminário Episcopal de Angra começa no dia 17 de setembro, com 12 os professores para 17 alunos, dos quais quatro novos no ano zero, “oriundos da Ilha de São Miguel”, que “não compensam as saídas do último ano letivo”, revela o Portal da Diocese.

O seminário tem dois alunos no sexto ano e na continuidade destas vocações e formação a Diocese de Angra vai ter duas ordenações diaconais este ano, acrescenta.

“É uma preocupação e causa-nos algum desânimo, mas ao mesmo tempo obriga-nos a refletir, sobretudo à equipa formadora, sobre o modo como devemos ensinar e lidar com esta juventude que por vezes chega com interrogações e projetos que estão longe do que nós esperaríamos”, desenvolveu o reitor do Seminário Episcopal de Angra.

Neste grupo, um dos seminaristas tem 31 anos o que significa “uma experiência de vida e uma maturidade que podem ser interessantes”, acrescenta o sacerdote que adianta que são todos recebidos “com muita esperança”.

O padre Hélder Miranda Alexandre reconhece que a diminuição de alunos “é um problema a mais” nos requisitos da “acreditação” do plano de estudos pela Universidade Católica Portuguesa (UCP).

“O nosso maior desafio volta a ser o de sempre: formar bem e para isso procuramos acompanhar todos os alunos de uma forma ainda mais próxima”, destaca o reitor.

Segundo o Portal da Diocese, o reitor do Seminário Episcopal de Angra apelou aos sacerdotes para “acarinharem mais” a instituição diocesana promovendo uma “verdadeira pastoral vocacional” em cada paróquia, sobretudo na ilha Terceira, a segunda ilha mais populosa do arquipélago.

“Nós temos apenas um seminarista da Terceira e isso é muito preocupante porque o seminário está próximo de casa, temos de perceber o que é que está a falhar”, observa.

Para o responsável máximo da equipa formadora do seminário “há uma pastoral vocacional que não está a ser desenvolvida nem fomentada” e recorda que tradicionalmente nunca foi fácil “ter seminaristas desta ilha”.

CB/OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top