Açores: Bispo convida faialenses à «persistência» na construção de uma «comunidade viva e fraterna»

Horta, Açores, 04 abr 2016 (Ecclesia) – O bispo de Angra incentivou os cristãos faialenses a serem “igualmente persistentes” na construção de uma “comunidade viva e fraterna”, este domingo, na inauguração da nova igreja paroquial dos Flamengos.

“Se foi difícil e demorada a edificação deste edifício, sinal da comunidade, é mais continuada e nunca terminada a edificação da comunidade dos homens e mulheres”, observou D. João Lavrador.

Neste contexto, o bispo diocesano convidou a esse “novo esforço na construção de uma comunidade viva e fraterna” e sublinhou que a construção da nova igreja paroquial “só foi possível” através da conjugação da “sensibilidade e determinação” dos poderes públicos com a “vontade” da comunidade flamenguense.

“Sempre que este dar as mãos acontece estamos a contribuir para a edificação de uma cultura mais digna do ser humano”, referiu D. João Lavrador, destacando que a igreja “não é um local igual a outro” porque ali “habita Deus”.

“É sinal da comunidade que se reúne para escutar a Palavra, para celebrar os mistérios da fé, para fortalecer os gestos da comunhão fraterna e para se fortalecer para a missão”, frisou, sobre o lugar onde se “vive a profundidade da doação de Jesus Cristo” pelas pessoas.

Este domingo, na celebração da dedicação da nova igreja, o prelado, explicou que estavam perante “um sinal eloquente” da comunidade cristã porque o edifício “é sinal da comunidade” que se edifica “permanentemente na fé, na esperança, no amor e partilha fraterna, e na missão de ser testemunha de Jesus Cristo”.

“O templo é sinal da comunidade viva que também ela se edifica constantemente e, para usar o que aqui aconteceu, mesmo quando contra ela se infringem os ventos demolidores do mal, ela sabe onde colocar os seus alicerces e os seus fundamentos para não sucumbir. A rocha firme sobre a qual se deve edificar a comunidade é Cristo”, desenvolveu.

Por isso, para o bispo de Angra acentuou que os cristãos devem “ser testemunhas” com “a tarefa de curar tantas vidas” que ainda não encontraram o sentido para “a sua existência”.

A anterior igreja do Flamingos, de Nossa Senhora da Luz, foi completamente destruída há 18 anos pelo sismo que afetou as ilhas do Faial, do Pico e São Jorge, em 1998.

A nova obra custou cerca de 1,5 milhões de euros e possível devido a um protocolo assinado entre a Diocese de Angra e o Governo Regional, “em que avaliza a contração de um empréstimo no valor de 75% sendo os restantes 25% da responsabilidade da paróquia”.

O sítio online diocesano ‘Igreja Açores’ informa ainda que o Faial tem “mais três igrejas por reconstruir” e, segundo a calendarização da ouvidoria, a próxima a ser iniciada é a igreja do Salão, ficando ainda por decidir a construção das igrejas de Pedro Miguel e Ribeirinha.

CB

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