Açores: Administrador diocesano sublinha «obrigação» de proteger e salvar vidas na Ucrânia

Cónego Hélder Fonseca Mendes assinala Semana Nacional da Cáritas, com apelo à generosidade das comunidades católicas

Foto: Lusa/EPA

Angra do Heroísmo, Açores, 09 mar 2022 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Angra apelou à generosidade das comunidades católicas, numa mensagem sobre a Semana Nacional da Cáritas (13-20 março), sublinhando, nesse contexto, a “obrigação de proteger e salvar vidas na Ucrânia”.

“Assistimos a um conflito como a pior crise de segurança na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial”, refere o cónego Hélder Fonseca Mendes.

Numa mensagem divulgada pela diocese açoriana, intitulada “A Cáritas e a obrigação de proteger e salvar vidas na Ucrânia”, o responsável destaca que “o amor tem a força, o dinamismo que é capaz de transformar este mundo em terra de paz, num mundo de irmãos”.

“É missão da Cáritas em cada ilha e nos Açores ser suporte financeiro de emergência, resposta a necessidades básicas, cuidados à infância e a idosos, à inserção social, à empregabilidade e à integração de migrantes e refugiados”, sustenta o sacerdote.

O nosso contributo poderá aumentar a capacidade de resposta e a sua sustentabilidade, reforçar o apoio financeiro, promover o acompanhamento, incentivar a proximidade e a fraternidade humana. Por isso, devemos colaborar nos peditórios de rua e no digital, bem como nas coletas das celebrações dos dias 19 e 20 de março, em todas as igrejas da Região e do País”.

O administrador diocesano de Angra destaca que a Cáritas não vai proceder ao envio de bens materiais para a Ucrânia ou países vizinhos, convidando os açorianos a participar em iniciativas locais de solidariedade, como a que está a decorrer na Ermida de Nª. Sª. da Saúde na Praça Velha, em Angra do Heroísmo.

A campanha “Cáritas Ajuda Ucrânia”, a decorrer até 30 de março, visa a recolha de fundos para reforçar a capacidade de resposta da organização católica junto dos ucranianos, nos países fronteiriços e no eventual acolhimento a famílias deslocadas, em Portugal.

Em declarações ao portal ‘Igreja Açores’, a presidente da Cáritas Diocesana, Anabela Borba, apela à generosidade dos açorianos.

“Nós estamos solidários com a população ucraniana e com todos os ucranianos. Transferimos dinheiro, através da Cáritas Internacional, para as Cáritas limítrofes da Ucrânia, como a da Moldávia e a da Polónia”, indica.

A saída das crianças institucionalizadas está a ser a maior dificuldade, sublinha Anabela Borba.

“Uma das nossas Cáritas na Ucrânia tinha orfanatos. Tivemos de deslocalizar cerca de duas mil crianças e hoje é muito difícil e uma enorme responsabilidade”, precisou.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 2,2 milhões de refugiados, desde o início da invasão russa, avançou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou milhares de mortes, entre militares e civis, além de elevados danos materiais.

OC

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