Acompanhamento espiritual é direito dos doentes

Cerca de 70 Capelães, Assistentes Espirituais e Animadores Pastorais de todo o país reuniram-se em Fátima, na I Assembleia Nacional, para análise da “qualidade, da formação e do futuro”. A aposta na qualidade e na formação foi um dos objectivos do encontro, numa altura em que se discute o futuro do acompanhamento e da assistência religiosa nos Hospitais. Novos modelos de gestão, entre outros motivos, muitas vezes de cariz ideológico, acabam por, em muitas circunstâncias, impedir a assistência espiritual. “O acompanhamento espiritual e religioso é um direito inquestionável de todas as pessoas doentes, qualquer que seja o seu credo ou opção espiritual”, referem as conclusões do evento. “O respeito por este direito da pessoa doente, dimensão essencial dos cuidados de saúde cada vez mais unanimemente reconhecida, deve estar acima de quaisquer critérios económicos, ideológicos ou outros”, acrescentam os participantes. A formação dos agentes para o acompanhamento nas Instituições de Saúde contará, no próximo ano, com um Curso de Mestrado ou Pós-graduação – “Ética, Espiritualidade e Saúde” – que terá início na Universidade Católica Portuguesa em Fevereiro. Os participantes na Assembleia pedem ao Ministério da Saúde para que “o estatuto desta dimensão dos cuidados e dos seus prestadores seja claramente definido legislativamente, de modo a evitar as situações de recusa ou omissão por parte das Instituições Hospitalares”. A preocupação estende-se “às pessoas doentes que perfilhem outros credos ou opções espirituais, através da regulamentação da Lei da Liberdade Religiosa, sem ignorar a realidade sociológica e cultural portuguesa”.

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