Acção Política: Proximidade e Distância

O Movimento Católico de Profissionais – Metanoia –  promove, dias 6 e 7 de Março, no Seminário Dehoniano de Nossa Senhora de Fátima, Alfragide, uma sessão de estudos sobre «Acção Política: Proximidade e Distância» que contará com intervenções de Pedro Adão e Silva.

Programa
6 de Março
12h00 – 13h00 – Recepção aos participantes
13h00 – Almoço
14h30 – Abertura da Sessão de Estudos e apresentação dos participantes
15h00 – Intervenção de Pedro Adão e Silva
Debate
17h00 – Pausa
17h30 – Painel de testemunhos de convidados
19h00 –  Pausa
19h30 – Celebração Eucarísticas
20h30 – Jantar
22h00 – 23h30 – Filme Documentário “Maria de Lourdes Pintasilgo”
Conversa

7 de Março
10h00 – Reflexão e aprofundamento de ideias e experiências partilhadas.
Intervenção de Pedro Adão e Silva
Debate
11h30 – Pausa
12h00 – Síntese e comentários finais
13h00 – Almoço
14h00 – Assembleia-geral do Metanóia

Muitos de nós nascemos numa época em que a intervenção política era um apelo e um dever, um “impulso existencial” num regime autoritário onde não existia liberdade de expressão nem de associação. Esse dever de intervenção surgiu também na esfera da Igreja, onde o Concílio Vaticano II e as encíclicas “Pacem in Terris” e “Populorum Progressio” marcaram uma geração, que teve nos movimentos da Acção Católica uma escola de compromisso. A qual, em muitos casos, se prolongou para uma actividade política assumida, enquadrada ou não por movimentos ou partidos organizados.
Instaurada uma democracia parlamentar com o 25 de Abril de 1974, reconhecidos os direitos políticos tão
reclamados, criadas finalmente as condições necessárias à livre expressão e participação de todos os cidadãos na “coisa pública”, vividas então entusiasticamente, assiste-se hoje, paradoxalmente, a um distanciamento e a um desencanto com a “política” e os “políticos”, sendo estes muitas vezes vistos como “actores” duma cena em que os cidadãos são meros espectadores, com direito apenas a palmas ou assobios.
É certo que a revolução tecnológica trouxe novas oportunidades de participação, que a blogosfera deu voz a muitas vozes, que a Internet derrubou muitas fronteiras. Mas persiste uma distância, se não uma ruptura, entre a intervenção de proximidade, o voluntariado, a economia solidária e o aparelho político institucional, que assegura a governação do Estado.
Por outro lado, muitas das decisões políticas surgem fundamentadas em estudos e na acumulação de “conhecimentos”, que o cidadão não consegue digerir/contestar. Como debater, então, os fundamentos da acção política e participar na definição de objectivos, na formulação das decisões? Ou, de um modo mais geral, a partir de que horizonte exercer a crítica, com que fundamento inscrever expectativas?
É sobre este tema que pretendemos reflectir na Sessão de Estudos 2010, com a ajuda de alguns convidados e com a participação e a experiência de vida de todos os que queiram aceitar este convite e este desafio!

Metanoia

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