Abrir avenidas com os anjos

Manuela Silva abordou as figuras de três anjos: Anjo S. Gabriel («Anjo das boas notícias»), Anjo S. Miguel («Anjo do cuidado») e o Anjo S. Rafael («Anjo da companhia») Ao contrário do que “algumas pessoas suspeitam, a mística não é uma fuga para o além, um descolar do mundo real em que habitamos” – sublinhou, esta manhã, Manuela Silva, no Congresso Internacional “Figuras do Anjo revisitadas” que decorreu em Fátima, de 10 a 12 de Outubro. O «Aprender com os anjos a mística do quotidiano» – tema da conferência de Manuela Silva – está integrada na efeméride do 90º Aniversário das Aparições do Anjo aos três pastorinhos. Esta iniciativa pretendeu inspirar-se nas aparições para repensar, em registo de ciências humanas, da arte e da teologia, o possível significado actual da referência a figuras angélicas. Manuela Silva abordou, essencialmente, as figuras de três anjos: Anjo S. Gabriel, Anjo S. Miguel e o Anjo S. Rafael. Como vivemos num tempo de perplexidade, com demasiado ruído e confusão, a conferencista chamou ao Anjo S. Gabriel, o «Anjo das boas notícias». “Precisamos de «anjos» que nos tragam as boas notícias do que já está em curso com promessa de melhor presente e melhor futuro” – disse. E acrescentou: “O paradigma do anjo das boas notícias é, por excelência, o anjo S. Gabriel da anunciação a Maria”. “Há que revisitá-lo e com ele aprender que o «impossível pode tornar-se possível»”. Num mundo orientado pelo “individualismo perigoso” onde se procura apenas “o seu interesse singular mais imediato e oportunista”, a conferencista frisou que são os «anjos do cuidado» que recordam que existe em nós “uma sentinela vigilante que deverá estar pronta a apontar os riscos de um trilho sem saída”. E completa: “A figura do «anjo do cuidado» é, certamente, S. Miguel, o anjo do Senhor que está do lado de Deus combatendo pela integridade da sua Criação”. São os «anjos do cuidado» que “denunciam mas também fazem propostas de vida alternativa”. Por último, Manuela Silva, ao fazer referência ao “mundo carente de mestres” mas, principalmente, de quem se torne próximo e se disponha a fazer caminho connosco”, apontou o Anjo S. Rafael como o Anjo da Companhia. E finaliza: “Precisamos dos «anjos da companhia» que nos ajudem a enfrentar a nossa solidão intrínseca, a superar os nosso medos diante do esquecimento e da morte, a descobrir as avenidas da amizade e do amor”.

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