A opção por Paulo na Semana de Estudos Teológicos

Núcleo do Porto da Faculdade de Teologia oferece dias de diálogo para reavivar a fé e ligação com a cultura São Paulo é figura incontornável nas reflexões teológicas e pastorais da Igreja Católica ao longo deste ano pastoral. Bento XVI, ao proclamar o Ano Paulino, que teve início a 28 de Junho de 2008 e termina a 29 de Junho de 2009, centrou o trabalho pastoral em toda a teologia e pedagogia paulina. Para o director-adjunto do núcleo do Porto da Faculdade de Teologia, Cón. Jorge Cunha, a figura de Paulo tem uma importância “enorme sob vários aspectos”. A Semana de Estudos Teológicos que decorre no Núcleo do Porto da Faculdade de Teologia, quer, “principalmente reflectir sobre a dimensão teológica e sobre o pensamento de Paulo”. Rigor, profundidade e diálogo com a cultura ambiente estão em evidência, nestes dias na cidade Invicta. “Paulo não foi apenas um missionário, mas também um pensador. Um dos primeiros que teve a responsabilidade de inculturar o Cristianismo, em diálogo com a cultura clássica, onde se formou”, evidencia o Cónego Jorge Cunha. O que São Paulo viveu representa “o drama da identidade do Cristianismo, do seu diálogo com a cultura ambiente, a ligação da Igreja ao seu fundador correspondem a problemas de sempre”. Na sua forma, “o que Paulo viveu não é muito diferente do que hoje vivemos”. A cultura pós-moderna e o diálogo com a cultura da diferença, são realidades muito “paralelas com a cultura da antiguidade”. O público das Semanas Teológicas é, no Porto, habitual. Professores de Educação Moral e Religiosas Católica, alunos e o público “que habitualmente rodeia a faculdade”, são os frequentadores alvo. “Pessoas que estão interessadas no pensamento cristão e também alguma participação ecuménica”, sintetiza o Cón. Jorge Cunha. “Uma ocasião de diálogo entre a Faculdade e o seu meio ambiente”, reconhece o Director-adjunto. O convite é encontrar novos públicos “talvez pós cristãos ou pessoas que estejam alheadas do Cristianismo. Apesar de o reconhecerem ainda enquanto fenómeno estruturador da nossa cultura, a consciência é bastante deficiente nos dias de hoje”. Segundo o Cón. Jorge Cunha, o Ano Paulino é uma ocasião interessante para “revivermos problemáticas antigas do Cristianismo”. A Igreja ao propor objectivo de curto prazo, tal como o enfoque no Ano Paulino, “quer reavivar a fé de muitos cristãos e tornar presente a realidade de como um grupo pequeno de cristãos, no contexto do Império Romano, iniciou as bases do Cristianismo”. O director-adjunto do núcleo do Porto da Faculdade de Teologia afirma que “cada coisa tem o seu tempo” mas é necessário propor. A vida da Igreja é feita de propostas “semelhantes, de intercâmbios, de ocasiões de regresso à origem e de a propor na sua dimensão antiga mas sempre nova, lançando um questionamento sobre a identidade da fé, da necessidade da evangelização, da evangelização em si.”. “A nossa fé não é um racionalismo, mas uma narrativa sempre proclamada e cujos efeitos e consequências são sempre novas”, frisa.

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