A construção do Santuário

Em 1934 ao passar pelo Rio de Janeiro, o então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel G. Cerejeira, ao ver a imponente imagem de Cristo Redentor do Corcovado, nasce no seu coração o desejo de construir semelhante obra frente a Lisboa. Em 1936 esta ideia é transmitida ao “Apostolado de Oração”, o qual a acolhe entusiasticamente. Para ser Nacional, o Monumento precisava de aprovação e cooperação de todos os Bispos Portugueses. Tal sensibilização aos Bispos é conseguida, sendo proclamada oficialmente na Pastoral Colectiva da Quaresma de 1937. Em 1939 inicia-se a II Guerra Mundial. Neste período a ideia da construção do Monumento a Cristo Rei ganha um novo sentido e vigor. Em 20 de Abril de 1940, em Fátima, os Bispos fazem um voto: “Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ía sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, sinal visível de como Deus, através do Amor, deseja conquistar para Si toda a humanidade. Portugal não entrou na Guerra e assim, intensificou-se a Campanha Nacional de angariação de fundos para a construção. A 18 de Dezembro de 1949 é lançada a 1ª Pedra da construção do Monumento a Cristo Rei. A 17 de Maio de 1959 (Dia de Pentecostes) perante a imagem de Nª Srª de Fátima, com a participação de todo o Episcopado Português, os Cardeais do Rio de Janeiro e de Lourenço Marques (Maputo), autoridades civis e 300 mil pessoas, inaugurou-se o Monumento. Sua Santidade o Papa João XXIII fez-se presente por Rádio-Mensagem. Nas palavras do Cardeal Cerejeira: “Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz”. A imagem de Cristo Rei é da autoria de Mestre Francisco Franco e a imagem de Nossa Senhora da Paz, que se encontra na Capela do Monumento, é de Mestre Leopoldo de Almeida. O projecto tem como autores o Sr. Arquitecto António Lino e o Sr.Engenheiro D.Francisco de Mello e Castro. Em 1984, celebrando-se então o 25º Aniversário do Santuário de Cristo Rei, foi aprovado um Plano Geral de Ordenamento para os terrenos do Santuário, da autoria dos Srs Arquitectos Luiz Cunha e Domingos Ávila Gomes. Desse projecto foi construído o Edifício de Acolhimento do Santuário, onde funcionam a Reitoria e Serviços Administrativos, tendo ainda uma Capela, Salas de Reuniões e galerias para exposições. Em Junho de 1999 o Santuário passou para a tutela da Diocese de Setúbal. A prioridade imediata foi dada ao restauro do Monumento. Com o apoio técnico da U.N.L. – F. C.T. As obras começaram em Maio de 2001 tendo o Monumento sido reaberto solenemente dia 1 de Fevereiro de 2002. Confirmando o seu cariz de Santuário Nacional, foi decidido pela Conferência Episcopal Portuguesa que os Ofertórios de todo o País no dia 23/11/2003 revertessem para ajuda do pagamento das obras de restauro. Desde então, um conjunto de estruturas tem sido construidas, permitindo ao Santuário acolher quem nele queira permanecer para encontros, retiros ou palestras: espaço para servir refeições para 150 pessoas, alojamento para duas dezenas de pessoas, sala para 80 pessoas. O “Espaço Jovem” permite o acolhimento (alojamento e refeições) a mais de 50 pessoas. A 17 de Maio de 2006 foram inauguradas as obras na Capela de Nossa Senhora da Paz; um anos depois, a Sala Beato João XXIII. No âmbito da celebração do cinquentenário, outras obras têm permitido definir este espaço como Santuário. www.cristorei.pt

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