Natal: Um desafio contínuo a responder ao «drama» dos refugiados

«Quem somos nós no presépio do mundo?», questiona o diretor do JRS – Portugal

Lisboa, 30 dez 2015 (Ecclesia) – O diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) em Portugal diz que o Natal é um desafio contínuo a responder ao “drama” das famílias que, tal como José, Maria e Jesus, têm hoje de procurar refúgio em terra estrangeira.

Num texto publicado no Semanário ECCLESIA, André Costa Jorge recorda a passagem bíblica em que Herodes ordena a morte de todos os bebés em Belém, para evitar que o seu trono seja colocado em causa pelo recém-nascido Rei dos Judeus.

Para aquele responsável, numa altura em que “milhões de seres humanos em todo o mundo continuam a ser obrigados a deixar as suas famílias e países de origem”, a quadra natalícia é essencial também para despertar as consciências das pessoas.

“Quem somos hoje no presépio do mundo? Era bom que não fossemos Herodes. Talvez valha a pena neste Natal ir ao encontro do Deus que se tornou migrante, sem abrigo e refugiado, tal como os que podemos encontrar hoje nas nossas cidades”, escreve o diretor da JRS – Portugal.

Esta organização católica internacional presta apoio aos mais desfavorecidos um pouco por todo o mundo e no nosso país está atualmente envolvida na resposta à crise dos refugiados que batem à porta da Europa, vindos sobretudo do Médio Oriente e de África.

“Na maioria dos casos”, frisa André Costa Jorge, estas pessoas “fogem para salvar a vida e garantir a proteção e a dignidade fundamentais a qualquer ser humano”.

Ao mesmo tempo, através das suas várias valências, a instituição zela pelas necessidades de milhares de emigrantes e deslocados no território nacional, sendo que no último ano registou perto de 5 mil atendimentos.

“Todos os dias”, as “histórias” destas e de outras pessoas são “repetidas” e mostradas na televisão e nos jornais.

“É essencial que estas imagens não nos deixem indiferentes”, exorta o diretor da JRS – Portugal. 

JCP

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