Santarém: Uma Igreja que quer ser «ação no mundo»

Numa análise aos 40 anos da diocese escalabitana, o professor João Neves destaca a aposta atual no espírito missionário e na formação de adultos

Santarém, 17 jul 2015 (Ecclesia) – O professor de História João Neves nasceu no mesmo ano da Diocese de Santarém, em 1975, e aceitou o desafio da Agência ECCLESIA em traçar o perfil da Igreja Católica local.

Num artigo publicado na nova edição do Semanário ECCLESIA, o também membro do Conselho Pastoral da Diocese de Santarém fala num território marcado pela “vivência cristã”, apesar de “algumas dificuldades”.

O docente destaca o contributo dado pelo primeiro bispo da região, D. António Francisco Marques, “que procurou cimentar entre as mais de cem paróquias da região laços de fraternidade e de pertença a uma nova realidade”.

“Estas comunidades reconheceram facilmente em D. António Francisco o seu pastor, o seu ‘pai na fé’. Com o fulgor próprio da juventude, secretariados diocesanos, paróquias, movimentos estruturaram a vivência da igreja escalabitana”, refere.

João Neves analisa em seguida a missão do atual bispo escalabitano, D. Manuel Pelino, destacando o seu contributo para uma Igreja Católica que quer ir cada vez mais ao encontro das suas comunidades e da sociedade.

“Se com D. António Francisco foi sobretudo tempo de lançar as bases, com D. Manuel foi e está a ser um tempo de compreensão e de ação no mundo”, frisa o professor, que deixa vários exemplos dessa realidade.

Entre eles, o também catequista destaca a aposta na promoção do “espirito missionário” das comunidades e na formação de “centenas de adultos, que se têm reaproximado da Igreja e procurado os sacramentos da iniciação cristã”.

Realça ainda a consolidação dos organismos e serviços dedicados à ação sociocaritativa na região, presentes “na maioria das paróquias da diocese”.

No campo do património, João Neves enaltece a “preocupação” que a diocese tem demonstrado “nos últimos anos” relativamente a este setor, e “que levou à criação do museu diocesano e à inclusão da Sé de Santarém na Rota das Catedrais”.

“Aquele projeto iniciado em 1975 ganhou corpo, tornou-se uma realidade. Fora dos pátios paroquiais, a Igreja é uma voz ativa e aceite pela sociedade”, conclui o docente.

A Diocese de Santarém foi criada a 16 de julho de 1975, através da bula (documento oficial) «Apostolicae Sedis Consuetudinem», do Papa Paulo VI, data que marcou também o nascimento da Diocese de Setúbal.

O território que constitui a diocese escalabitana foi separado do Patriarcado de Lisboa, onde formava, desde 29 de Maio de 1966, a Região Pastoral de Santarém. 

A Diocese de Santarém tem cerca de 3 mil quilómetros quadrados, e abrange 13 dos 21 concelhos do distrito, num total de 7 vigararias e 113 paróquias.

JCP

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