Médio Oriente: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre denuncia «interesses económicos» por trás da violência

Organização católica foi ouvida no Parlamento português

Lisboa, 28 abr 2015 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou hoje na Assembleia da República Portuguesa uma perseguição religiosa no Médio Oriente, consequência de “interesses económicos” que se sobrepõem aos Direitos Humanos.

“Todas as minorias são perseguidas”, declarou a diretora da AIS em Portugal, Catarina Martins de Bettencourt, diante da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

A audiência visou analisar "a situação atual da liberdade religiosa no mundo", tendo como pano de fundo o relatório sobre este tema, apresentado pela organização católica em finais de 2014.

A responsável da AIS recordou a sua recente viagem ao Iraque, sustentando a necessidade de pressionar o Parlamento Europeu e a comunidade internacional.

“Não podemos ficar parados”, alertou.

Catarina Bettencourt insistiu na necessidade de “falar sobre o que está a acontecer”, parar com o “tráfico de armas” e “tentar impedir” que os jovens cheguem até os países em conflito.

Neste contexto, acrescentou, é urgente “encontrar uma solução política para os conflitos que existem no Médio Oriente”, onde neste momento “tudo é esquecido à luz dos negócios”.

A diretora da AIS em Portugal assinalou que no Iraque, em particular, há um património religioso “único” que está em causa, por causa do avanço do fundamentalismo.

A intervenção aludiu à importância do Cristianismo no Médio Oriente, cuja presença evita “desequilíbrios” que teriam consequências na Europa.

A mesma comissão parlamentar ouviu Fernando Soares Loja, presidente interino da Comissão da Liberdade Religiosa, o qual registou “algumas queixas” relacionadas com a assistência espiritual nos estabelecimentos prisionais e nos hospitais, por causa de uma “interpretação restritiva” da atual legislação portuguesa.

A AIS quis "alertar para a situação atual das minorias religiosas perseguidas em muitos países por causa da fé, principalmente os Cristãos, e incluir a liberdade religiosa nas prioridades políticas de Portugal e da União Europeia para a defesa dos direitos humanos".

AIS/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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