Refugiados: Cáritas da Jordânia alerta escassez de recursos financeiros para cristãos iraquianos

Lisboa, 18 dez 2014 (Ecclesia) – O diretor da Cáritas Jordânia alertou que os “mais de sete mil cristãos iraquianos” correm o risco de se tornarem sem-abrigo dentro de dois meses por falta de apoio internacional que está a originar falta de recursos financeiros.

“Como Cáritas, estamos em grande dificuldade, pagamos o aluguer para as famílias cristãs, distribuímos alimentos e bens de primeira necessidade, mas dentro de dois meses as verbas destinadas a esta assistência estarão no fim”, revelou Wael Suleiman à Agência Fides.

Nessa altura, segundo o responsável, vão ter de dizer a estas pessoas que “deixem as casas e vão morar na rua”.

70% dos refugiados cristãos estão concentrados na área da capital Amã, mil estão hospedados em 18 paróquias e os outros encontraram alojamento em casas.

“Vivem com o sonho em fugir para os EUA, a Austrália ou a Europa num estado deplorável de expectativa que castiga principalmente os jovens de idade escolar”, destaca o diretor da Cáritas da Jordânia.

Os refugiados que fugiram de Mossul e da planície de Nínive para a Jordânia passam os dias “sem fazer nada”, uma vez que por razões burocráticas “não têm acesso às escolas locais”.

Wael Suleiman considera que nenhum organismo humanitário internacional oferece ajuda aos cristãos para “não ser acusado de agir de modo discriminatório”.

Fides/CB

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