Media: D. Jorge Ortiga destaca exemplo de São Bento para o jornalismo cristão

Arcebispo de Braga presidiu a Missa durante congresso da AIC

Terras de Bouro, Braga, 24 out 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga assinalou hoje na Eucaristia, no Congresso da Associação da Imprensa de Inspiração Cristã, a atualidade de São Bento, patrono da Europa, para a responsabilidade do jornalismo católico através da “cruz, o livro e o arado”.

“Com estas três imagens [cruz, livro e arado], o jornalismo católico poderá redefinir e situar-se na responsabilidade história que lhe compete. Deve ocupar um terreno próprio do qual não poderá alhear para não trair a sua inspiração”, explicou D. Jorge Ortiga que destacou que o Evangelho fala da graça de “discernir o tempo presente”.

Aos participantes do nono congresso da AIC, em São Bento da Porta Aberta, o prelado disse que o tempo presente é que lhes interessa porque “não” podem prender-se “aos tentáculos da crise económico-financeira” e pensar que “tudo se resume a essa dimensão”.

“Temos outros espaços por onde deveremos caminhar”, observou na Missa matinal do congresso da AIC que começou esta quinta-feira e termina este sábado, com o tema “MEDIAdores da alegria e do encontro”.

Nesse sentido, D. Jorge Ortiga disse que a ‘cruz’ “interpela à ousadia de propor uma doutrina” com muita reflexão e amadurecida pelo “confronto amigo com todas as correntes de pensamento” e desta forma fugir à “confusão” dos lugares comuns habituais.

Para a imprensa e para os jornalistas cristãos o ‘livro’ simboliza o questionar sobre a “capacidade de penetrar” no património cultural que “muitos querem ignorar e outros hostilizar”.

“A nossa incidência no povo humilde não nos responsabilizará por concentrar a atenção nos mais humildes e pobres mas detentores de uma cultura riquíssima”, alertou o arcebispo de Braga sobre a responsabilidade pela cultura popular.

O arado, para o prelado, significa a ligação da imprensa cristã às causas sociais e a encontrar “caminhos novos”, nas diversas realidades onde estão presentes, de “verdadeira libertação” com quem sofre o desemprego e as suas consequências, como a exclusão e marginalização.

“Esta trilogia pode e deve levar a uma unidade de intenções de uma Associação que reconhece o seu espaço na sociedade portuguesa e faz com que ele seja reconhecido”, desenvolveu D. Jorge Ortiga que apelou à conjugação de esforços.

“Ninguém se salvará sozinho e a causa merece que lhe entreguemos as energias de que dispomos”, frisou.

Na homilia o arcebispo de Braga destacou também a comemoração do 50.º aniversário da proclamação de São Bento como patrono principal da Europa e a reconsagração do Mosteiro Montecassino a Deus, depois de destruído em 1944, em plena II Guerra Mundial.

CB/OC

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