Terra Santa: Cáritas condena escalada de violência em Gaza

Organização católica pede fim do «banho de sangue»

Jerusalém, 15 jul 2014 (Ecclesia) – A Cáritas Jerusalém condenou a escalada de violência em Gaza e pediu às partes envolvidas no conflito que travem o “banho de sangue” na região.

O padre Raed Abusahlia, diretor da organização católica, reconhece o direito de Israel de “viver em paz e em segurança”, lamentando o “medo constante”, mas refere que isso nunca “será alcançado através da guerra e da agressão contra pessoas inocentes”.

“O caminho mais curto para a paz e segurança é a justiça e a resolução deste conflito, dando aos palestinos a sua terra e liberdade na abertura do Faixa de Gaza para o mundo”, refere o responsável, em declarações divulgadas pela confederação internacional da Cáritas, num momento de crescente tensão na Faixa de Gaza, com bombardeamentos israelitas e lançamento de 'rockets' por parte do braço armado do Hamas.

O Governo israelita revelou estar pronto a aceitar ainda hoje a proposta egípcia de cessar-fogo, mas ainda houve reação oficial por parte do executivo em Gaza; Israel avisou que em caso de recusa intensificará os bombardeamentos, que provocaram até agora 192 mortos e milhares de desalojados.

A proposta aponta para um cessar-fogo sem condições, a que se seguiria a abertura de acessos à Faixa de Gaza e, dentro de dois dias, o início de conversações.

A Caritas Jerusalém e a congénere norte-americana, CRS, fecharam temporariamente os seus escritórios em Gaza, mas mantêm no terreno uma clínica móvel e um centro de saúde.

“Gaza está numa situação dramática, uma vez que foi assediada durante doze anos e passou por três guerras vitórias em oito anos, com cortes de energia constantes, falta de água e uma alta taxa de desemprego”, disse o padre Raed.

O Papa Francisco apelou este domingo no Vaticano ao fim do conflito israelo-palestino, mostrando a sua preocupação com os “acontecimentos trágicos” dos últimos dias na Terra Santa.

“Exorto as partes envolvidas e todos quantos têm responsabilidades políticas a nível local e internacional a não pouparem a oração e todos os esforços para fazer cessar qualquer hostilidade e conseguir a paz desejada para o bem de todos”, disse, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.

OC

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