Patriarca de Lisboa deixa mensagem de esperança

D. Manuel Clemente lembra quem vive este Natal em «circunstâncias difíceis» e apela à solidariedade concreta

Lisboa, 24 dez 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, dirigiu hoje a sua mensagem de Natal ao país, através da televisão pública portuguesa, para deixar uma mensagem da esperança às pessoas que vivem em “circunstâncias difíceis”.

“Este Natal é vivido, por muitas das nossas famílias, em circunstâncias difíceis. Circunstâncias difíceis por muitas razões: de precariedade de vida, de dificuldade de trabalho ou de inexistência de trabalho, de dificuldades de saúde, de dificuldades de isolamento”, declarou D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

O prelado destacou o “espírito de Natal” que leva à solidariedade, “uns com os outros e uns para os outros”.

“Olhemos à nossa volta, olhemos para a nossa família, olhemos para os nossos ambientes, olhemos para as nossas vizinhanças – que muitas vezes se chamam assim mas realmente já não o são -, e então vejamos de que situação, de que periferia, de que marginalidade até, nos temos de abeirar”, precisou.

D. Manuel Clemente afirmou que a celebração do nascimento de Jesus justifica “uma esperança preenchida e um empenhamento renovado para resolver todos os problemas” que afligem a sociedade.

Nesse contexto, citou a primeira exortação apostólica do Papa Francisco, ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), “justamente apreciada, quer de dentro quer mesmo fora do espaço eclesial estrito”.

Segundo o Patriarca de Lisboa, este documento apresenta um “programa” que se deve “estender e até oferecer e propor a toda a realidade social”, nas famílias, nas empresas, na vida política nacional e internacional.

Esse programa implica uma “atitude de aproximação imediata e primeira”, face a “todas as marginalidades e periferias”, e um “envolvimento” que leva a “uma atitude mais firme de presença e de solidariedade”.

“Envolvamo-nos, façamos nossos, realmente, os problemas dos outros, onde eles são sofridos e onde eles tão arduamente se mantêm e procuram resposta. Envolvamo-nos nas circunstâncias concretas”, acrescentou.

D. Manuel Clemente sustentou que essa aproximação exige, em seguida, uma “atitude persistente de resolução de problemas”.

A mensagem concluiu-se com uma referência à importância de “festejar”, mesmo as vitórias “muito simples” como “sorrisos que se abriram” ou “isolamentos que se acompanharam”, antes de pedir uma “atitude” concreta.

“Pode ser já nesta noite, aí na casa em que me escutais, para algum familiar que esteja sozinho, para algum amigo que esteja fechado num problema de que não consegue sair. Tenhamos uma atitude! Pode ser um telefonema, pode ser uma mensagem. Comecemos hoje, continuemos amanhã. Há Natal para todos”, declarou o patriarca de Lisboa.

OC

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Vídeo: http://videos.sapo.pt/MHlqCARkhAlVTzbRLh6w


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