Família: Igreja vê «esperança» no futuro

Responsáveis portugueses projetam jornada mundial que vai decorrer no Vaticano

Lisboa, 23 out 2013 (Ecclesia) – O casal responsável pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF) espera que a peregrinação mundial das famílias ao Vaticano, uma iniciativa inserida no Ano da Fé, seja um momento de “esperança” e “novidade”.

“A Peregrinação vai trazer novidades sobre os passos que iremos dar em direção ao Sínodo tendo já como horizonte o VII Encontro Mundial das Famílias com o Santo Padre, em Filadélfia, em 2015”, consideram Fátima e Luís Reis Lopes, antecipando à Agência ECCLESIA a iniciativa promovido pela Santa Sé, onde se esperam 150 mil famílias entre sábado e domingo.

A iniciativa decorre duas semanas depois do anúncio de uma assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família, convocada pelo Papa Francisco, que vai decorrer de 5 a 19 de outubro de 2014, encontro visto como uma oportunidade que a Igreja “não deve deixar escapar”.

Os responsáveis do DNPF consideram que “mais uma vez” a Igreja percebeu que os tempos estão a mudar e que “é urgente adequar a Pastoral Familiar às novas realidades”.

“No momento em que tantas famílias passam por enormes dificuldades, que vemos, como em Lampedusa [Itália] ou mesmo ao nosso lado, famílias a naufragarem, aparece no horizonte uma porta de esperança. Porta, talvez, estreita para tanto sofrimento vivido”, explica o casal responsável, num texto disponibilizado na edição digital do Semanário ECCLESIA.

Fátima e Luís Reis Lopes entendem que as “Igrejas diocesanas e os movimentos ligados à pastoral familiar”, bem como “outras organizações e os próprios governos” devem repensar modos de organização e atuação.

“Que é feito das boas intenções proclamadas a quando do Ano Internacional da Família em 1994? Vinte anos depois as famílias estão melhores? Há mais saúde, educação e respeito pelos valores fundamentais da vida?”, questionam.

Os responsáveis do DNPF advertem que “todos” são chamados a refletir sobre “as consequências desta idolatria dos mercados, do consumismo desenfreado, do materialismo, do relativismo cego”, que se torna um ambiente “hostil” para a família e contrário à proposta do modelo cristão, “sobretudo como projeto de fidelidade e fecundidade”.

“Nunca como agora a Igreja tem a obrigação de testemunhar as enormes vantagens, para a pessoa humana e para a sociedade, deste modelo”, acrescentam, recordando que muitos estão a “tentar perceber” a novidade que é o Papa Francisco e como “este clima social favorável” vai permitir mudanças “mais profundas” tanto na Igreja como na sociedade.

CB/OC

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