Crise: Igreja no Algarve ao lado dos imigrantes

«Festa dos Povos» marcada por palavras de incentivo aos que vieram de fora de Portugal

Faro, 24 set 2012 (Ecclesia) – O Secretariado da Mobilidade Humana da Diocese do Algarve promoveu este domingo, na região de Faro, uma festa para imigrantes que ficou marcada com palavras de incentivo perante a crise que assola o país.

Segundo declarações reproduzidas pelo jornal Folha do Domingo, o presidente daquele organismo diocesano reconheceu que quando as “dificuldades” económicas e sociais começam a surgir, os “imigrantes são, às vezes, os primeiros a sofrer isso na pele”.

O padre Jorge Carvalho lembrou que a melhor forma de combater esses e outros obstáculos, como a solidão e as saudades de casa, está em manter a “confiança em Deus”, que está sempre “presente”.

A 12ª Festa dos Povos, acolhida pela paróquia de Estoi, congregou dezenas de estrangeiros residentes no território algarvio, vindos de Angola, Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe, Brasil, Inglaterra, Roménia e Ucrânia.

O assistente da comunidade imigrante ucraniana greco-católica, uma das mais numerosas da região, destacou a importância da iniciativa para o fortalecimento dos laços entre pessoas e crentes de “diferentes culturas e línguas”.

Durante a celebração eucarística que marcou o evento, o padre Oleg Trushko desafiou os compatriotas a preservarem a sua “identidade” cultural e religiosa e a alimentarem o seu “espirito cristão”, através de uma participação assídua na Igreja de rito bizantino.

Além da componente religiosa, a Festa dos Povos da Diocese do Algarve foi preenchida com um almoço-convívio onde as comunidades migrantes tiveram a oportunidade de partilhar as riquezas gastronómicas, músicas e danças que fazem parte do seu património nacional.

FD/JCP

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