Núncio conclui visita aos Açores

Ponta Delgada, Açores, 16 mai 2012 (Ecclesia) – O núncio apostólico em Portugal encerrou hoje uma visita ao arquipélago dos Açores, onde convidou os padres da Diocese de Angra a irem ao encontro de quem vive afastado da fé católica.

“A conduta clara, franca e serena dos autênticos discípulos do Evangelho abre brechas na alma dos que vivem na indiferença, no ateísmo prático, na superficialidade”, disse D. Rino Passigato esta terça-feira, na homilia da missa a que presidiu nas Furnas, Ilha de São Miguel, com os ouvidores (padres que coordenam as ouvidorias/arciprestados, um conjunto de paróquias).

A visita, iniciada no último dia 9, teve como momento central a celebração da Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, presidida pelo arcebispo italiano que, na sua homilia de domingo, destacou a importância desta celebração “na história e na vivência religiosa e social do povo açoriano”.

Nesta ocasião, o prelado apelou ainda construção da sociedade sob as “as regras da justiça, da equidade, da solidariedade e da fraternidade”.

O representante diplomático do Papa em Portugal visitou também outras ilhas – Faial, Pico e Terceira – contactando com as autoridades regionais e os participantes no Conselho Presbiteral e na conferência anual de ouvidores.

Neste último encontro, D. Rino Passigato recordou a situação dos primeiros seguidores de Jesus, que “perseguidos e condenados pelos tribunais do mundo, no plano da fé e no íntimo das consciências julgam e condenam o mundo”.

“O Espírito, de facto, suscita continuamente, no seio da Igreja, homens particularmente sensíveis aos valores autênticos fazendo-os capazes de se comprometerem efetivamente na contestação dos pseudovalores e na promoção e encarnação dos valores evangélicos no concreto da vida e das escolhas quotidianas”, observou o diplomata da Santa Sé.

O núncio apostólico encontrou-se no sábado com o presidente do Governo dos Açores, Carlos César, o qual realçou a relação “muito saudável e muito produtiva” com a Igreja Católica.

“Quando se conjugam origens sólidas com uma posição tão intensa como tem a Igreja no apoio aos cidadãos e à cidadania, isso, na nossa região, deve ser motivo de júbilo”, disse o líder da Região Autónoma.

OC

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