Ministro e duas antigas titulares do cargo convidados para encontro que hoje se inicia em Fátima
Lisboa, 02 mai 2012 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana defende que os portugueses mais carenciados “não podem” perder a possibilidade de “acesso aos cuidados de saúde de que necessitam”.
D. Jorge Ortiga assinou uma mensagem para o 24.º Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que decorre entre hoje e sábado, em Fátima, lembrando os que correm o risco de deixar de “adquirir os medicamentos que lhes podem ser indispensáveis”.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, e duas das antigas titulares do cargo, Leonor Beleza e Ana Jorge, são presenças anunciadas na iniciativa promovida pela Igreja Católica e subordinada ao tema ‘Cuidados de saúde, lugares de esperança’.
Segundo D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, as comunidades devem organizar-se para responder ao “flagelo” da “emergência dum número crescente de pessoas que, pela idade ou pela doença, estão sozinhas em sua casa”.
“Ninguém como a Igreja conhece os isolados e pode organizar-se em termos de proximidade, para que estes não se sintam sós”, realça o prelado, chamando a atenção para o papel que as comunidades cristãs podem desempenhar no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, que se assinala em 2012.
Este responsável salienta que “urge” ensinar as pessoas sós a recorrerem “à isenção das taxas moderadoras, a ter medicamentos mais baratos, a recorrer aos genéricos e a muitas outras formas de apoio social”.
O presidente da Comissão Episcopal que acompanha o setor da saúde assevera que cuidar dos enfermos, prestando-lhes “apoio humano” e “ajuda espiritual e religiosa”, “é uma das missões mais nobres da ação pastoral” da Igreja.
D. Jorge Ortiga sustenta que todos “os responsáveis pelas comunidades cristãs, paróquias, centros sociais, lares e residências, hospitais especializados ou movimentos” deveriam estar presentes no encontro.
O balanço dos 30 anos do Serviço Nacional de Saúde, riscos e vantagens dos hospitais públicos e privados, recursos humanos, medicamentos para os mais pobres e questões económicas constituem alguns dos temas do programa.
No texto de apresentação do evento, monsenhor Vítor Feytor Pinto, coordenador nacional da Pastoral da Saúde, sublinha que “a Igreja é uma força intermédia a que os mais pobres e mais carenciados podem sempre recorrer para encontrar soluções para os seus problemas. Também na Saúde”.
RJM/OC