Braga: Arcebispo diz que é impossível continuar «multiplicações» de missas

D. Jorge Ortiga diz que a aposta deve passar por um «novo modo de ser Igreja», com mais espaço para os leigos

Braga, 20 jul 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga procedeu à recolocação de mais de 50 padres na arquidiocese, admitindo que “não é fácil harmonizar os reais interesses das paróquias e dos sacerdotes” com as possibilidades de que a Igreja dispõe neste território.

“Não podemos continuar a exigir multiplicações de eucaristias. As comunidades devem estar disponíveis para sacrifícios onde a alteração de horários e lugares de culto assim o exigirem”, assinala D. Jorge Ortiga, no documento em que se anuncia o “movimento eclesiástico” de 2011, publicado na página oficial da arquidiocese e com data de 17 de julho.

No último domingo, à margem da cerimónia de ordenação de dois novos sacerdotes, o prelado afirmara que Braga dispõe de 410 padres para mais de 500 paróquias e que a “média etária dos sacerdotes residentes é de 62,4 anos”.

Na sua mensagem, D. Jorge Ortiga admite que “a reorganização territorial da arquidiocese tem concentrado muitas energias”, numa aposta “na formação sólida capaz de garantir a variedade ministerial na transmissão, celebração e vivência da fé cristã. Isto não é tarefa de alguns ou sempre dos mesmos”.

“Aos sacerdotes pede-se que se concentrem no essencial e específico do seu ministério, criando e preparando espaços de corresponsabilidade laical em ordem a uma confiança plena. Aos leigos pede-se que sintam a Igreja como espaço de comunhão e de participação ministerial sem qualquer espírito de protagonismo”, escreve.

O arcebispo de Braga reforça a intenção de criar “Unidades Pastorais”, agrupando várias comunidades, afirmando a necessidade de descobrir “ministérios que não servem exclusivamente o âmbito restrito da paróquia, mas que estão ao serviço de uma determinada zona pastoral”.

“Diante de nós temos um desafio que deve comprometer sacerdotes e leigos: tomar consciência de um novo modo de ser Igreja para crescermos na comunhão corresponsável”, refere.

Neste sentido, foram criadas duas novas unidades, nos centros urbanos de Amares e Vila Verde.

OC

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