No 45.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, D. Jorge Ortiga desafiou os fiéis a desenvolverem «consciência missionária» também na Internet
Braga, 06 jun 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga defendeu este domingo que a revolução digital que o mundo atravessa “é um fenómeno incontornável”, no qual a Igreja Católica deve marcar presença, como testemunha “pioneira” e “credível” do Evangelho.
“A comunicação digital é uma ferramenta imprescindível para a Igreja fazer com que a vida de Deus chegue ao centro da vida do Homem, dialogando e apresentando Jesus Cristo como esperança para os crentes” afirmou D. Jorge Ortiga, durante a eucaristia que encerrou a peregrinação arquidiocesana do santuário do Sameiro.
O prelado dedicou a sua homilia ao 45.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, este ano subordinado ao tema ‘Era digital: Revolução na Cultura e na Sociedade’.
“Num tempo com tantas opções disponíveis urge colocar Deus nestes circuitos marcando a diferença que a verdade exige” avisou o arcebispo.
Segundo Jorge Ortiga, cabe aos responsáveis eclesiais e a todos os fiéis consciencializarem-se das “oportunidades inéditas” que a era digital encerra, em matéria de transmissão da fé e de relacionamento humano.
Este responsável alertou, no entanto, que “é ilusório querer competir a todo o custo” com os muitos conteúdos já presentes na televisão, na Internet ou nas redes sociais.
“Terá de ser sempre um meio e nunca um fim para tornar presente os valores do Reino que Cristo anunciou” apontou o arcebispo de Braga.
Por outro lado, por mais que os avanços tecnológicos nesta área possam ser positivos, há “riscos” a ter em conta, como “o afastamento das comunidades reais do contacto direto e essencial com os sacramentos”.
“O cristianismo será sempre uma experiência presencial onde o amor circula e a Palavra une e gera discípulos que se reconhecem na fração do pão” concluiu o prelado.
JCP