Papa não sairá de Roma durante o Verão

A sala de imprensa da Santa Sé anunciou que Bento XVI não sairá de Roma, durante o próximo Verão, passando as suas férias na residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores da capital italiana.

O Papa agradeceu os diversos convites que recebeu para passar algumas semanas de descanso em diversas localidades dos Alpes, à imagem do que aconteceu no passado, mas revelou preferir “começar imediatamente o período estival de repouso e estudo sem o compromisso de outras viagens”.

O palácio de Castel Gandolfo era carinhosamente designado como “Vaticano 2” por João Paulo II e é, curiosamente, maior do que o Estado da Cidade do Vaticano. Os romanos chamam à região onde está inserida a residência os “castelos romanos”, por causa das construções que as famílias da nobreza ali levantaram.

Cada castelo tem o nome do senhor da fortaleza – no caso da residência pontifícia era a família Gandulfi, natural de Génova. Cerca de 1200, os Gandulfi construíram o seu pequeno castelo que, no século seguinte passou para a família Savelli, a qual manteve esta edificação até 1596.

Nesse ano, por causa de uma dívida que a família não conseguiu pagar ao Papa Clemente VIII (1592-1605), a propriedade passou para o Papa e, em 1640, declarada propriedade da Santa Sé.

Urbano VIII (1623-1644) decidiu transformar o Castelo na sua residência de verão, adaptando e ampliando a velha fortaleza.

Em 1870, com o fim do Estado Pontifício, a residência foi abandonada e esquecida, mas a assinatura dos Pactos Lateranenses (1929) Castel Gandolfo voltou a ser residência estival dos Papas. Nessa altura foram adquiridos o complexo da Villa Barberini e algumas propriedades vizinhas para dar vida à actual exploração agrícola.

As pessoas que ali trabalham durante todo o anos são cerca de 60, entre jardineiros, tratadores de árvores, agricultores, electricistas e pessoal da manutenção. Apenas 20 pessoas, contudo, residem na propriedade.

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