Cardeal Bertone elogia papel de Pio XI face ao nazismo

O secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Tarcisio Bertone, defendeu esta Quinta-feira, o desempenho do Papa Pio XI frente ao nazismo. Esta posição foi partilhada durante um encontro internacional sobre o tema «A solicitude eclesiástica de Pio XI à luz das fontes arquivistas». Segundo Bertone, ao escrever a encíclica Mit Brennender Sorge em 1937, que denunciava a perseguição dos católicos alemães pelo regime nazi e condenava o culto do Estado e da raça como algo incompatível com a fé cristã, Pio XI foi o autor da “mais firme e precisa denúncia” contra o nazismo. A criação da encíclica só foi possível graças a um acordo entre a Igreja Católica e o governo de Adolf Hitler em 1933, que garantia certas actividades da Igreja Católica na Alemanha, com o objectivo de diminuir a perseguição nazista aos fiéis. O Cardeal esclareceu que esta concordata foi o documento firmado por Pio XI “mais contestado”, mas que através dele “era oferecido à Santa Sé a justificação legal e moral que tornou possível a encíclica Mit Brennender Sorge, que, segundo Bertone, acusava o nazismo de “perverter e falsificar a ordem de criação e a vontade de Deus”. O secretário de Estado do Vaticano ressaltou ainda o empenho de Pio XI contra o “comunismo ateu”, expressado, principalmente, na encíclica Divini Redemptoris “Este pontífice sabia como governar a Igreja com vigor, enxergando com olhos novos as missões e as raízes católicas fora da Europa. Foi sensível às questões emergentes na cultura e levou os católicos a empenharem-se nas questões sociais”, elogiou Bertone. O Papa Pio XI, Ambrogio Damiano Achille Ratti, exerceu seu pontificado de 1922 a 1939, ano de sua morte. Redacção/Zenit

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