Administrador apostólico pediu orações pelas vítimas das guerras que se multiplicam no mundo
Guarda, 25 dez 2024 (Ecclesia) – O administrador apostólico da Guarda presidiu, na última noite, à Missa do Galo na catedral diocesana, sublinhando a “lição de humildade e de proximidade” do Natal.
“Irmãos e irmãs, nesta noite santa, queremos, mais uma vez parar diante do Presépio de Belém para aprendermos bem a lição que o Menino Jesus nos quer dar. Essa é uma lição de humildade e de proximidade; uma lição que relativiza tudo o que são riquezas e importâncias deste mundo”, disse D. Manuel Felício, numa homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O responsável católico apresentou o nascimento de Jesus como “o grande sinal e a mais eloquente mensagem de esperança” para um mundo “muito marcado pelas sombras do medo e da incerteza”.
“Ele, de facto, é a luz para quantos andam à procura do seu próprio caminho, no meio das trevas que nos cercam”, acrescentou.
Para desfazer todas as distâncias, fez-se um de nós, no mistério da Encarnação, sem qualquer privilégio, mas, pelo contrário, começando a sua vida a partilhar a pobreza e mesmo o desconforto dos sem-abrigo, pois para Ele, no seu nascimento, não houve lugar dentro da cidade. Por isso, foi nascer fora de portas e na pobreza da manjedoura do Campo dos Pastores”.
O administrador apostólico da Diocese da Guarda aludiu às “trevas” que permanecem na sociedade atual, como “as várias formas de violência contra a vida humana”.
“A avaliar pelas notícias que constantemente nos entram em casa sem pedir licença, parece-nos que o mundo atual está a ser governado pela lei da violência, contrariamente ao que para todos é desejável”, lamentou.
D. Manuel Felício convidou à oração pelas “vítimas das guerras que se multiplicam no mundo, como são os casos da Ucrânia, da Palestina ou do Mianmar”, entre outros.
“O que está em causa, nos dramas que afligem de tantos seres humanos vítimas da Guerra, é o respeito pela vida humana. E nós sabemos que a vida é um dom de Deus oferecido a todos e cada um de nós, dom esse que precisamos de saber proteger bem, desde o seu início até ao fim, sem exceções”, indicou.
A intervenção recordou a abertura da Porta Santa do Jubileu, na Basílica de São Pedro, pelo Papa Francisco.
“Nós, como acontece em todas as Dioceses, vamos abrir o mesmo Jubileu de 2025 no próximo domingo, nesta Sé da Guarda”, recordou o administrador apostólico.
Com este Jubileu toda a Igreja deseja abrir de par em par as portas para oferecer refúgio e conforto aos caminhantes que procuram discernir o seu caminho, quantas vezes às apalpadelas, neste mundo em trevas”.
A homilia recordou a nomeação de D. José Miguel Pereira como novo bispo da Guarda.
“Desejamos fortalecer, nesta Natal, a vontade de, sob a sua orientação, progredirmos na alegria que nos vem de Jesus e da luz que Ele representa para as nossas vidas”, disse D. Manuel Felício.
A celebração do Natal, que no Cristianismo assinala o nascimento de Jesus, iniciou-se um pouco por todo o mundo na noite anterior ao dia 25 de dezembro, seguindo uma tradição que remonta aos primórdios da Igreja de Roma.
OC