Ordinariato Castrense: «Sem as Forças Armadas o país perdia algo essencial e insubstituível à sua existência» – D. Rui Valério

Administrador da Diocese das Armas e Forças de Segurança presidiu à Missa do Dia do Exército, que decorreu na Guarda

Foto Exército Português

Guarda, 27 out 2024 (Ecclesia) – O administrador da Diocese das Forças Armas e Forças de Segurança presidiu hoje à Missa do Dia do Exército e afirmou na homilia que as Forças Armadas são “alicerces” da independência e desenvolvimento de Portugal, não “um apêndice”.

“As Forças Armadas não são um apêndice ao país, mas sua parte integrante e desempenham uma função intrínseca à própria noção do que é a nação, enquanto defesa de pessoas, instituições, recursos e economia. Sem as Forças Armadas o país perdia algo essencial e insubstituível à sua existência”, afirmou D. Rui Valério, na Sé da Guarda.

As cerimónias que assinalam o Dia do Exército decorrem, este ano, na Guarda e a Missa integrada nestas celebrações decorreu na Sé da diocese e foi presidida por D. Rui Valério, administrador da Diocese das Forças Armas e Forças de Segurança.

Para o também patriarca de Lisboa, “o Exército, enquanto ramo das Forças Armadas, é uma comunidade feita de homens e mulheres que fizeram a opção de vida de servirem o seu País e os portugueses, assumindo o sentido da identidade da sua Pátria, porque creem nela e a amam”.

D. Rui Valério referiu que o Exército “é inclusivo” e “nunca houve, nem nunca haverá” discriminação nas duas fileitas.

“Os seus ideais, forjados na luz do Evangelho e na mesa da Eucaristia, constituem uma das grandezas de Portugal, porque relevam que é a fé, a liberdade e o serviço ao próximo que impulsionam caminhos de vida, de esperança e de altruísmo”; afirmou.

O administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança recordou que a os Militares “fazem das suas vidas e missão verdadeiro sacerdócio”, “não só pela sua total dedicação a Portugal, cuja grandeza é da dimensão da doação dos seus soldados, mas pelo amor à Pátria e ao seu povo, por quem juram disponibilidade para o sacrifício, até ao derramamento do próprio sangue”.

“Ao longo da história de Portugal, o Exército tem sido pródigo a cultivar autênticos Valores de cidadania e verdade e a indicá-los à Nação com a dádiva abnegada da própria vida por Portugal e pelos portugueses; da dignidade do ser humano, ao carater; da autodeterminação à defesa dos direitos humanos; da fé à liberdade de a viver e professar; da memória à esperança; da salvaguarda da vida de todos, ao sacrifício dos que juraram disponibilidade para, por eles, derramar o próprio sangue”, recordou

Para D. Rui Valério, o Exército mostra a Portugal, “para galvanizar a sua autodeterminação e identidade”, que necessita de “vozes e determinações que, em determinados momentos não só digam ‘não’, mas que sejam elas próprias um ‘não’ à guerra e à violência, à injustiça e à exploração do homem pelo homem”.

O Exército foi e é, ainda hoje, essa determinação de ‘não’ à guerra e de sim à Paz; de não a todas as formas de escravatura, de sim ao respeito por todos os seres humanos.

D. Rui Valério lembrou que “o Exército, com todas as Forças Armadas e Forças de Segurança, não cessam de dirigir estímulos e encorajamento aos cidadãos para que não se deixem vencer pelo desânimo, nem pelo ódio”.

“Não podemos não afirmar que as Forças Armadas e Forças de Segurança, por mérito da segurança e da paz que têm oferecido à Nação, erguem-se como verdadeiros alicerces onde assenta a independência e o desenvolvimento”, sublinhou.

O Dia do Exército assinala-se, em cada ano, em torno do dia 24 de outubro e celebra a conquista de Lisboa pelas tropas de D. Afonso Henriques, patrono do Exército Português, em 1147.

PR

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Agência ECCLESIA

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