JMJ Lisboa/1º aniversário: «A minha vivência de jornada já foi com a certeza de que esta semana é uma amostra do que pode ser o resto da vida» – Patrícia Dôro

A Jornada Mundial da Juventude foi a «certeza final» para ingressar no noviciado das Servas de Nossa Senhora de Fátima

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Belas, 31 jul 2024 (Ecclesia) – Patrícia Dôro colaborou na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que considera ter sido a “certeza final” para estar hoje no noviciado das Servas de Nossa Senhora de Fátima, na Quinta das Tílias, em Belas, Sintra.

“A semana da jornada veio confirmar essa alegria, sim, essa alegria da decisão tomada. Porque essa decisão tinha sido, também gostava de dizer isto, foi um caminho que já vinha a fazer há algum tempo, e foi uma decisão tomada antes da jornada. E, portanto, a minha vivência de jornada já foi com a certeza de que esta semana é uma amostra do que pode ser o resto da vida”, afirmou, em declarações à Agência ECCLESIA.

Em 2019, a jovem participou na edição da JMJ no Panamá e, quatro anos depois, integrou o Comité Organizador Diocesano (COD) de Lisboa e local, na jornada em Portugal, tendo sido esta uma das experiências que mais a marcou.

“Fui percebendo que estas opções que eu fui fazendo, na verdade, também eram sinal de um caminho vocacional que eu estava a fazer. E que eu tinha a possibilidade, e nas jornadas tive essa experiência, de seguir Jesus, não ser só em alguns eventos do calendário ou em alguns momentos marcantes, mas poder ser sempre”, revela.

Patrícia Dôro explica que no comité organizador local “tinha a missão de estar em contacto com as várias dioceses”, tendo tido a oportunidade de conhecer “muitos estados de vida”, “muitas vocações e muitos carismas”.

Foto: Agência ECCLESIA/HM

“Tive a graça de trabalhar no comité diocesano, com a serva Nossa Senhora de Fátima, a Irmã Rita Ornelas, e fui percebendo que a forma de ela olhar a Igreja era uma forma muito semelhante à minha”, refere.

A jovem confidencia que se havia altura para ser corajosa, era naquele momento, parecendo-lhe “muito claro que o caminho se abriria pelas servas” pela forma familiar de estar e servir a Igreja.

Um ano depois da JMJ Lisboa 2023, a jovem olha com “muita emoção” e uma “alegria ainda maior” para o encontro de jovens de todo o mundo com o Papa, uma vez que agora é possível ver os “frutos” que trouxe.

“Não foi só uma coisa que aconteceu em 2023 e a jornada é uma coisa que está a acontecer. Sinto isso nas pessoas com quem vou falando, nas recordações que vamos tendo. […] Sempre que se traz o assunto jornada, há um sorriso que se abre e há um olhar diferente. Esse olhar marca e continua a marcar”, assinala.

“O grande segredo da jornada” foi, para Patrícia Dôro, a grande família que se criou e que ajudou a que “as coisas fluíssem”: “Se correu bem foi por isto. Foi porque nos conhecemos pelo nome”.

A jovem salienta que “um dos frutos mais bonitos” da JMJ Lisboa 2023 é a rede de ligações que se manteve após o encontro, que decorreu entre 1 e 6 de agosto de 2023.

Foto: Agência ECCLESIA/HM

“É muito bonito eu continuar a receber mensagens de todo o patriarcado de Lisboa, de pessoas que vou encontrando, mesmo nas celebrações, na Sé, no Mosteiro. A alegria de nos reencontrarmos e de saber o que é que vai acontecendo na vida de cada um”, indica.

Atualmente numa congregação religiosa e em etapa de formação, Patrícia Dôro afirma que “estar verdadeiramente disponível” também passa por “estar atento” à realidade do mundo, na Igreja e local, respondendo e atuando perante isso, algo que está presente no carisma das servas.

“Foi uma das coisas bonitas que descobri neste último ano. Foi este: Servimos o mesmo Senhor. Seja estar a lavar a louça, seja estar a organizar as jornadas. O amor que eu coloco tem o mesmo sentido, porque tem o mesmo destinatário, que é este Senhor que servimos”, declarou.

Um ano depois da JMJ Lisboa 2023 é o tema do programa ‘70×7’ do próximo domingo, transmitido pelas 7h30, na RTP2, no qual vai estar inserido o testemunho de Patrícia Dôro.

HM/LJ/PR

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