Sínodo: Centenas de contributos dão vida a novo instrumento de trabalho

Documento vai orientar sessão conclusiva da XVI Assembleia Geral, marcada para outubro

Cidade do Vaticano, 25 jun 2024 (Ecclesia) – Os membros do Conselho Ordinário da Secretaria-Geral do Sínodo debateram, entre domingo e segunda-feira, a primeira versão do documento de trabalho (Instrumentum Laboris) para a sessão conclusiva da XVI Assembleia Geral, marcada para outubro, após a recolha de centenas de contributos.

Em nota enviada hoje aos jornalistas, o Vaticano precisa que o encontro aconteceu após a reunião de teólogos (4-14 de junho de 2024), que visou articular os relatórios recebidos pela Secretaria-Geral, após a consulta às várias dioceses e comunidades católicas de todo o mundo.

Este primeiro texto também foi enviado a cerca de setenta pessoas – “sacerdotes, consagrados e consagradas, leigos, representantes de realidades eclesiais, teólogos, agentes pastorais e um número significativo de pastores” – de “várias sensibilidades eclesiais e de diferentes escolas teológicas”, refere a nota de imprensa.

“Queríamos realizar essa ampla consulta para permanecermos coerentes com o princípio da circularidade (o que vem das bases, volta para as bases) que animou todo o processo sinodal. Essa verificação do material elaborado à luz dos relatórios recebidos também pretende ser um exercício, por parte da Secretaria-Geral, da prestação de contas (accountability) que caracteriza a Igreja sinodal e que, tenho certeza, testemunhará a autenticidade do trabalho sinodal”, assinala o cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo.

Na manhã de segunda-feira, os membros do Conselho Ordinário foram recebidos em audiência pelo Papa.

O Vaticano assinala que, após estes trabalhos, se iniciou a redação de uma nova versão do documento de trabalho, que vai ser submetido a Francisco, para aprovação final.

O novo texto leva em consideração relatórios de 108 conferências episcopais, nove Igrejas Católicas orientais, o contributo da da USG-UISG (União Internacional dos Superiores Maiores e União Internacional das Superioras Gerais), além de “mais de 200 observações de realidades internacionais, faculdades universitárias, associações de fiéis ou comunidades e pessoas particulares, além dos relatórios apresentados pelos párocos”.

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 2 a 27 de outubro de 2024.

A CEP está representada na assembleia sinodal por D. José Ornelas, presidente da CEP, e D. Virgílio Antunes, vice-presidente do organismo.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.

OC

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