Arcebispo paquistanês preocupado com o estado de emergência declarado no país

O chefe da Igreja católica no Paquistão expressou a sua preocupação pela imposição do estado de emergência que conduziu aos protestos e ao endurecimento do regime militar do General Pervez Musharraf, Presidente paquistanês. “A igreja está muito preocupada com estes acontecimentos”, afirmou também D. Lawrence Saldanha, Arcebispo de Lahore. “Se a situação se perpetuar, vai levar ao clamor, à agitação e violência”. O Presidente paquistanês, que chegou ao poder em 1999, declarou o estado de emergência e suspendeu a Constituição a 3 de Novembro, invocando o aumento de atentados e ingerência do poder judicial nas prerrogativas do Governo na luta contra terroristas islamistas. O Ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês justificou, hoje, o estado de emergência, dizendo que se tratou de uma questão de soberania nacional. Musharraf enfrenta, há quatro dias uma onda de críticas da comunidade internacional, em particular de Washington, cujos responsáveis, incluindo George W. Bush, exigem que o general ponha fim ao estado de emergência e organize eleições legislativas previstas para meados de Janeiro. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, também reagiu, exortando, na Segunda-feira, as autoridades paquistanesas a libertarem centenas de activistas da oposição e dos direitos humanos e a devolverem a democracia ao país. Em três dias as forças da ordem de Musharraf detiveram ou colocaram em residência vigiada cerca de 1.500 pessoas, na maioria advogados e magistrados. Com Renascença

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