Funchal: «Que fazer com Jesus?», pergunta D. Nuno Brás

Bispo diocesano deixa questões aos participantes no Domingo de Ramos

Foto: Jornal da Madeira /Duarte Gomes

Funchal, Madeira, 02 abr 2023 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu hoje à celebração do Domingo de Ramos, acompanhado por centenas de pessoas na catedral madeirense, a quem perguntou “o que fazer com Jesus?”.

“Tu que fizeste a Primeira Comunhão, que andaste na catequese e recebeste o Seu Espírito no sacramento do Crisma, que fazes tu de Jesus? E tu que participas diariamente na Eucaristia, que fazes tu de Jesus? E tu que abandonaste a fé, mas que olhas para Jesus com alguma admiração, que fazes tu de Jesus? E tu, que gostarias de acreditar mais profundamente, que procuras o sentido da tua vida, que fazes tu de Jesus?”, disse D. Nuno Brás, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.

O responsável partiu da pergunta feita, no Evangelho, à multidão que acompanhava o julgamento de Jesus: “Que hei de fazer de Jesus, chamado Cristo?”.

“Esta questão dramática, colocada por Pilatos à multidão, e que reduz o Nazareno a um objeto incómodo, de quem todos se querem libertar é, ainda hoje, uma questão que nos é colocada”, apontou o bispo do Funchal.

Que fazer deste Jesus que nos incomoda — porque o seu Evangelho continua a incomodar; porque a sua vida e a sua proclamação do lugar central de Deus, sem olhar às opiniões, às interpretações, ou ao poder dos sábios ou dos poderosos, continuam a incomodar; porque a sua palavra que ultrapassa a superficialidade com que nos habituámos a viver, continua a incomodar”.

A Igreja Católica inicia, com a celebração dos Ramos, o itinerário da Semana Santa, momentos centrais do ano litúrgico que, nas igrejas e nas ruas, recordam os momentos da Paixão de Jesus – a sua prisão, julgamento, condenação à morte e crucifixão.

D. Nuno Brás aludiu, na sua homilia, às várias personagens que são apresentadas na narrativa da Paixão e a sua reação, perante o sofrimento de Jesus.

“Diante deste Jesus como colocas tu a tua existência? Se ali estivesses, naquele lugar (como certamente já pensaste que gostarias de ter estado a presenciar todos estes acontecimentos, que constituem o centro da história do mundo) — se ali estivesses, no meio da multidão, como te comportarias?”, perguntou aos participantes.

As celebrações do Domingo de Ramos tiveram início na Igreja do Colégio, centro do Funchal, onde foram benzidos os Ramos e de onde saiu a processão em direção à Sé.

OC

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