Exposição de órgãos litúrgicos na igreja de Santa Rita

A partir de hoje e até 20 de Setembro Uma exposição de órgãos litúrgicos vai estar patente na igreja de Santa Rita, na Diocese do Funchal. A iniciativa surge na sequência da montagem e recuperação de sinos em várias igrejas da nossa diocese e tem por objectivo promover a “uma maior sensibilização e valorização da música litúrgica”. A abertura ao público acontece hoje e estará patente na igreja de Santa Rita (Funchal) até dia 20, durante todo o dia, das 9 às 19 horas. A exposição interessa a toda a gente, familiarizada ou não com a música sacra e é um complemento ao trabalho realizado desde há meses por uma empresa especializada do continente (Carlos e Luís Jerónimo Lda) em algumas igrejas da nossa diocese, como a recente instalação de sinos automáticos na igreja do Colégio. “O nosso trabalho também já abrangeu a recuperação de sinos na igreja do Estreito de Câmara de Lobos, Santa Rita e Ribeira Grande; e neste momento estamos na igreja matriz de Machico e na da Ponta do Sol”, disse ao JORNAL da MADEIRA o engenheiro Carlos Jerónimo, membro de uma família pioneira nesta área, em Portugal, e que aposta na divulgação e recuperação dos instrumentos de música litúrgica. Exposição oferece formação e concertos Para além da exposição de órgãos e de um carrilhão portátil (com 23 sinos), na igreja de Santa Rita, a empresa promotora oferece ao público, “a organistas amadores nas paróquias, acções de formação gratuita; para o efeito temos um organista da Sé de Braga (António Vilas-Boas), regente no Orfeão de Braga e, por marcação, a qualquer hora, as pessoas interessadas, desde crianças, jovens e mais idosos, podem fazer uma experiência com o órgão. Além disso, pretendemos fazer concertos nalgumas paróquias e talvez no centro, inclusivé já oferecemos uma proposta à Câmara do Funchal para a eventual realização de um concerto de carrilhão”, explicou Carlos Jerónimo. Sinos da Madeira são invulgares Na apreciação que faz aos sinos de algumas igrejas madeirenses, Carlos Jerónimo destaca aspectos únicos e artísticos. “Conheço milhares de sinos no nosso país, mas em relação a certos sinos de cá saliento, por exemplo, o sino da igreja do Estreito de Câmara de Lobos, de fabrico inglês ou holandês, verdadeiramente notável, com um trabalho escultórico que vale a pena ser referenciado como obra de arte e que estava bastante oxidado. Em Machico, também há um sino do século XVIII; e na Ponta do Sol existe um com gravação em baixo-relevo”. Por último, ainda em referência à exposição de órgãos que hoje se inaugura, “um apelo aos párocos, aos organistas amadores para que aproveitem esta formação, uma espécie de reforço de competências ou sensibilização ao instrumento, e à comunidade civil em geral, pois, o órgão é o mais completo instrumento que existe pela sua variedade de sons e riqueza de timbres”, sublinha.

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